Criando laços via recursos informatizados : intervenção em saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Francisco, Deise Juliana
Orientador(a): Axt, Margarete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13256
Resumo: A presente tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, do Grupo de Pesquisa Provia II: Programa Interinstitucional Comunidades de Aprendizagem, Estética do Virtual e Autoria Coletiva, especificamente na linha de pesquisa PPGIE/UFRGS: Interfaces Digitais em educação, Arte, Linguagem e Cognição bem como no Grupo de Pesquisa Políticas Públicas e Produção de Subjetividade, na linha de pesquisa: Redes, artefatos simbólicos e invenção de si. Ela se situa no movimento de desinstitucionalização, da reforma psiquiátrica e do movimento da luta antimanicomial no Brasil. A partir de uma parceria firmada entre a URI – Campus Santo Ângelo e o Centro de Atenção Psicossocial da cidade de Santo Ângelo/RS foi construído projeto de extensão universitária "Construindo laços via recursos informatizados". O mesmo visa à constituição de espaços virtuais para convivência e trocas entre pessoas em sofrimento psíquico. No decurso de três anos foram realizados grupos-oficinas de informática com trinta pessoas em sofrimento psíquico. Tal processo foi registrado em diários de campo, entrevistas formais e informais com participantes e equipe do CAPS, fotografias, filmagens, arquivos de dados. A tese teve como objetivo cartografar as relações humano-máquina e as composições de convivência ocorridas no uso de recursos informatizados. Trata-sede uma pesquisa qualitativa, na modalidade de pesquisa intervenção. O referencial teórico que balizou a tese foi a Filosofia da Diferença na perspectiva de pensar os processos maquínicos de subjetivação e a tecnologia bem como a sociedade de controle, articulada com a proposta foucaultiana de relações saber-poder e da visada institucionalista sobre instituição. Deste tripé outros autores fizeram parte, no sentido de propiciar discussões sobre saúde mental, tecnologia e subjetividade. A partir da cartografia foi possível visibilizar os acoplamentos homem-máquina realizados na oficina, o deslocamento do lugar de apenas louco para o participante da oficina, para o de criador. Assim, o acoplamento com a tecnologia digital teve um vetor para a constituição de um comum, mas não no sentido comunitário e sim no desobramento da produção como constituição da obra mesma. Esse desobramento se deu em trabalhos coletivos (confecção da home page do CAPS, escrita coletiva de texto no Equitext, conversas no MSN,confecção de jornal) tendo como vetor a religião, temas de interesse dos participantes (como busca de informações sobre patologias,tratamento, medicação, receitas culinárias, imagens, cartões) e relações com familiares e equipe do CAPS.