Oficinas como composição e modo menor em educação musical: intentando viagens e experiências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Zanetta, Camila Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-11092018-161301/
Resumo: Esta tese intenta refletir acerca das oficinas como modalidade pedagógica e, mais especificamente, acerca das oficinas de música como possibilidade de engendramentos de espaços menores em educação musical. Inicialmente, buscando saber se os conceitos de \"oficina\", de \"oficina de música\" e de \"oficineiro(a)\" vêm sendo movimentados em pesquisas da área da música, realizou-se uma pesquisa bibliográfica de caráter estado da arte. Visando compreender se e como as pesquisas encontradas tratavam aspectos históricos, conceituais e metodológicos das oficinas de música, fez-se uma análise dos trabalhos localizados no levantamento bibliográfico, com descrições textuais acerca destes e categorizações. A análise comprovou a hipótese deste trabalho, que previa ampla utilização dos termos \"oficina\" e \"oficina de música\", em diferentes pesquisas, sem aprofundamentos ou delineamentos conceituais minuciosos. Um panorama teórico acerca das oficinas de música foi construído a partir de três trabalhos, considerando que estes debruçaram-se específica e sistematicamente sobre a análise dessa modalidade pedagógica, tratando de suas características, bem como de aspectos históricos e conceituais do movimento das oficinas de música no Brasil. Para além da explanação deste panorama teórico, que destacou enfoques, similaridades e divergências entre tais pesquisas, busquei diálogos conceituais com autores das áreas da Educação (Maria Oly Pey, Guilherme Côrrea e Ana Preve) e da Filosofia (Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jorge Larossa e Silvio Gallo) no intuito de propor novas conceituações às oficinas e às oficinas de música. Operando por deslocamentos, proponho pensar a oficina como espaço menor de educação, propício às experiências e às viagens. Delineio, também, o que compreendo como oficineiro-artesão, pensando o papel dos educadores nestes espaços. Por fim, atentando ao conceito de nomadismo e suas possibilidades de intervenção em educação, discorro acerca das oficinas como engendramentos nômades, vislumbrando, dentre suas características, a possibilidade de instauração de um espaço e planejamento liso em educação musical.