Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Machado, Rita de Cássia Fraga |
Orientador(a): |
Ribeiro, Jorge Alberto Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/21859
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Resumo: |
Esta dissertação tem como tema central os sujeitos da base do Movimento dos Trabalhadores Desempregado (MTD). A principal pergunta geradora que orientou a investigação realizada foi: Quem são os sujeitos da base do MTD? O objetivo principal do trabalho centrou-se em compreender profundamente quem são estes sujeitos da base. Na tentativa de entendermos alguns elementos de identidade do Movimento, o foco do olhar tentou captar os Sujeitos no Movimento. Os interlocutores empíricos foram homens e mulheres assentados em Gravataí, bem como quatro militantes da coordenação do Movimento, estes chamei de preâmbulos de pesquisa. Eles encontram-se no espaço-tempo do assentamento do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), em Gravataí-RS. A metodologia de investigação deuse através de observação, entrevistas semi e não estruturadas, leitura e pesquisa em materiais como atas, relatórios das reuniões do Movimento da Consulta Popular – MCP, bem como uma pesquisa já realizada e sistematizada pelo Centro de Assessoria Multiprofissional - CAMP. O MTD é um Movimento “criança” ainda, possue oito anos de idade. Com isso fez-se necessário repensar alguns aspectos históricos e revisitar outros. Através de interlocutores teóricos, como Karl Marx, Marlene Ribeiro, Conceição Paludo, Paulo Freire, Danilo Sctrek, Jorge Ribeiro, Darcy Ribeiro, Milton Santos, dentre outros. Nesse sentido, sugerimos uma revisita à história do Brasil, principalmente entender o processo de formação do povo brasileiro (territorialização/desterritorialização). Neste trabalho também iremos reafirmar que o MTD é um Movimento Social de classe, ou seja, um movimento que é formado por homens e mulheres pobres da periferia. E na última parte deste trabalho dá-se a compreensão de quem são estas pessoas, fomos à busca dos homens e das mulheres concretos, de carne e osso de sonhos e desejos. Estes sujeitos da base se mostram como protagonistas de um tempo de possibilidades, como sujeitos resistentes e criativos; adaptados e conformados; sujeitos individualistas indiferentes; como sujeitos na tensão territorializados/desterritorializados; como sujeitos de diálogos/antidiálogos. Partimos da ideia de que o desemprego é uma “invenção social”. Concluímos, portanto que os homens e mulheres “pesquisados” são produtos de um processo permanente de exclusão social, assim a situação de desemprego e também a década de 1990, isoladamente, não definem a identidade destes sujeitos. Por isso, o assentamento pode ser compreendido como espaço social elaborado pelos homens e mulheres históricos, situados e datados que moram lá, guardando em si, que o espaço é político e ideológico, pois o Movimento dos Desempregados (MTD) integra o contexto social, político e ideológico do qual faz parte. Tenho a certeza que a pesquisa aqui cumpriu seu compromisso social, ético e político de transformação das pessoas. Eu, sem dúvida, me transformei, nós sem dúvida nos transformamos. |