A falta que faz a mística. Elementos para a retomada do trabalho de base nos movimentos populares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gaspar, Marco Aurelio Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-30072010-104834/
Resumo: A trajetória do Partido dos Trabalhadores, sobretudo a partir do início da década de 90, se notabilizou por um distanciamento cada vez maior de suas bases sociais, de suas práticas organizativas e de seu projeto político de transformação da sociedade brasileira. Diante disso, o chamado trabalho de base, que caracterizou a construção dos movimentos populares e sindicais que ajudaram a formar o partido durante as décadas de 70 e 80, foi sendo abandonado como estratégia de construção política. O resultado foi o retrocesso organizativo e político da classe trabalhadora, agora enxergada pelos dirigentes do partido meramente como massa eleitoral e uma conseqüente dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de mobilizar a classe para a luta por seus direitos e, em última instância, para a transformação das estruturas da sociedade brasileira. Retomando momentos importantes da história dos movimentos populares no Brasil - principalmente as primeiras décadas do século, marcada pela hegemonia do anarco-sindicalismo, bem como a década de 70, em que as CEBs foram protagonistas da organização dos movimentos populares fomos buscar elementos que nos permitam resgatar as principais características que marcaram o trabalho de base realizado por tais organizações da classe trabalhadora, a fim de que sirvam de elementos para a reflexão a respeito da necessária retomada do trabalho de base no interior das classes populares no Brasil contemporâneo, marcada pela hegemonia de um projeto que não contempla as verdadeiras necessidades do povo brasileiro. Finalmente, buscamos, na recente experiência de organização de movimentos populares urbanos surgidos na última década na Argentina, algumas práticas e reflexões que podem nos ajudar a pensar o desafio posto para a esquerda brasileira nos dias de hoje.