Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Helena Dória Lucas de |
Orientador(a): |
Meyer, Dagmar Elisabeth Estermann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/21369
|
Resumo: |
A presente investigação inscreve-se nos campos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais que se aproximam dos referenciais pós-estruturalistas, apoiados na teorização de Michel Foucault. Examino que pedagogias financeiras para a infância se constituem na articulação dos discursos da Educação Matemática com os discursos do senso comum, produzindo modos de lidar com dinheiro que educam crianças urbanas inseridas em processos de escolarização contemporâneos. Analiso práticas culturais implicadas no uso do dinheiro, relatadas em diários e entrevistas de crianças que cursavam a quarta série e apresentadas como enredos de problemas escolares de duas coleções de livros didáticos de Matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Descrevo uma discursividade sobre modos de gerenciar o dinheiro que circulam em várias instâncias culturais, especificamente nos conhecimentos matemáticos escolares. Buscando convergências, reiterações e rupturas entre os discursos veiculados nos materiais empíricos produzidos, e ainda problematizando os efeitos de uma educação financeira ativada por experts, argumento que a naturalização da posse de recursos financeiros e a invisibilidade da imprescindível necessidade dos mesmos na ação de comprar são elementos do campo discursivo analisado que, ao se articularem com a incitação ao consumo, produzem uma pedagogia financeira que apaga as diferenças e as desigualdades sociais existentes. Ainda questiono os atravessamentos de gênero que estão contidos nessas pedagogias que diferenciam meninos de meninas em seus modos de conseguir, gastar e guardar dinheiro, além de reforçar noções conflitantes de feminilidades e masculinidades. |