Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Chicarelli, Estefânia Coelho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250176
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Resumo: |
Apesar do processo de descoberta da infância ter se iniciado a partir do século XIII de acordo com os estudos de Ariès (1981), nos dias atuais há dificuldade para a sua visibilidade, promovida pelas diversas formas de representações sobre a própria infância construídas historicamente numa perspectiva adultocêntrica, que conforme Sarmento (2007) tem sofrido um processo de ocultação, sem o reconhecimento das peculiaridades e particularidades infantis. Nas instituições escolares, em especial nos anos iniciais do ensino fundamental, essa ocultação da infância também está presente com a não valorização do brincar, que não é mediado e planejado pedagogicamente, tanto na questão curricular como nas práticas pedagógicas cotidianas nesses anos. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo investigar a compreensão do lúdico no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental dentro do contexto de pandemia (Covid-19). Este estudo foi realizado em duas etapas. A primeira contou com um estudo teórico, considerando a perspectiva da teoria da Psicologia Histórico-Cultural; os estudos sociais da infância, com ênfase na área da Sociologia da Infância; e estudos recentes que trouxeram dados sobre a educação na pandemia. Já a segunda etapa foi realizada por meio de observações no contexto de uma escola pública em uma cidade no interior do estado de São Paulo, nos anos iniciais do Ensino Fundamental; de entrevistas semiestruturadas com as professoras e as famílias e rodas de conversas com as crianças. Verificamos, neste estudo, como que as atividades lúdicas eram percebidas e trabalhadas no ensino remoto, híbrido e presencial (pós isolamento), conforme as vivências de educadoras, familiares e crianças. Assim, constatamos que na teoria, apesar do brincar ser elencado pelos professores e familiares como algo relevante para o desenvolvimento da criança, na prática ele é concebido em segundo plano e entrelaçado com conteúdos relacionados à alfabetização e à matemática. Ainda nesse viés, com a pandemia, os obstáculos que já existiam nos anos iniciais, só se agravaram, como o acúmulo de tarefas docentes; a (des) configuração do processo de transição da Educação Infantil para o ensino fundamental; dificuldade de aprendizagens e a desigualdades social por falta de utensílios e possibilidades. Contudo, reconhecemos a importância do estudo como pioneiro no cenário pandêmico, que não deve ser esquecido no contexto educacional, contexto que por sua vez deve possibilitar melhores possibilidades de aprendizagens às crianças, respeitando-as, de modo que sejam ouvidas e ativas num processo de escolarização mais adequado, com atividades lúdicas realmente presentes, reconhecidas e planejadas pedagogicamente. |