A família na escola : uma aliança produtiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Klaus, Viviane
Orientador(a): Veiga-Neto, Alfredo José da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13258
Resumo: A partir de estudos genealógicos sobre a família e a escola —realizados principalmente por Julia Varela e Fernando Alvarez-Uría, Philippe Ariès, Jacques Donzelot, Michel Foucault— procuro, nesta Dissertação, descrever e analisar de que formas a família e a escola vêm sendo narradas e fabricadas no tempo e no espaço, marcando alguns pontos de emergência, continuidades e descontinuidades. Colocando em questão o caráter construído de legitimidade e de naturalidade da escola e da família modernas, abordo algumas das condições de possibilidade do surgimento/fabricação da aliança família/escola, procurando entender algumas das relações que foram se construindo a partir deste binômio na educação escolarizada moderna. Tendo mapeado e localizado meu tema de estudo —aliança família/escola—, investigo como esta aliança vem sendo narrada e fabricada atualmente, no Brasil. Para tanto, utilizo como corpus alguns fragmentos dos materiais produzidos na Campanha promovida pelo Governo Federal —Dia Nacional da Família na Escola—, nos anos de 2001 e 2002. Analiso os ditos sobre família, escola e aliança família/escola presentes nestes materiais. Utilizo o conceito foucaultiano de governamentalidade, de modo a perceber como a família, a escola e a aliança família/escola são enredadas em (e enredam) estratégias de governamento, bem como quais são as novas racionalidades e técnicas de governamentalidade que se manifestam nessa campanha. Minha análise se dá também no sentido de demonstrar a produtividade e a positividade desta aliança, pois ao mesmo tempo em que ela é fabricada, ela fabrica, produz, cria novas práticas e novas subjetividades.