Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Dal Igna, Maria Cláudia |
Orientador(a): |
Meyer, Dagmar Elisabeth Estermann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/36536
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Resumo: |
A presente Tese descreve e problematiza a relação família-escola. Os campos teóricos que fundamentaram a pesquisa – Estudos Foucaultianos, Estudos de Gênero Pós-Estruturalistas, Estudos Sociológicos e Antropológicos da família – oferecem ferramentas que foram aqui utilizadas para mostrar de que formas, na governamentalidade neoliberal contemporânea, algumas tecnologias de governamento operam na constituição de uma relação família-escola e como gênero e pobreza atravessam e constituem essas tecnologias de governamento. Com esse objetivo, para compor meu corpus de pesquisa, desenvolvi um trabalho de campo utilizando dois procedimentos metodológicos: grupo focal e entrevista. Assim, coordenei um grupo focal com famílias de crianças com baixo desempenho escolar – mais precisamente, 10 mulheres-mães – e realizei entrevistas com algumas participantes. Organizei e examinei o material empírico utilizando os conceitos de governamentalidade, gênero e pobreza. Tal movimento analítico possibilitou-me identificar uma mudança de ênfase da aliança família-escola (Modernidade) para a parceria família-escola (Contemporaneidade). Foi possível descrever e analisar uma tecnologia de poder — tecnologia da participação —, implicada na produção da parceria família-escola, que opera orientando e (con)formando a conduta das famílias na direção desejada — a família tem que participar da vida escolar de seus filhos de determinadas formas. Ao mesmo tempo, foi possível examinar outras duas tecnologias de poder em ação: autorreflexão e autoavaliação, procurando demonstrar como essas tecnologias, em articulação com a tecnologia da participação, agem sobre a mulher-mãe de maneira a torná-la parceira — capaz de agir sobre si e sobre os outros para manter-se participante e buscar soluções para os problemas sociais. Ao fazer isso, procurei mostrar também como essa parceria se torna central para maximizar o governamento dos sujeitos a um custo político e econômico mínimo. Na Contemporaneidade, o que mais importa é investir na parceria, fazendo com que cada um assuma responsabilidades e conduza suas ações para promover mudanças sociais. |