Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Daniela de Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-16072008-230443/
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Resumo: |
A partir dos anos 60, após pesquisas internacionais terem apontado o peso da origem social nas trajetórias de escolarização, muitas dificuldades escolares passaram a ser atribuídas às famílias populares, que tidas como deficitárias do ponto de vista sócio-cultural, não podiam proporcionar estímulos suficientes ao desenvolvimento dos filhos. Essas famílias passaram a ser, então, chamadas à escola no intuito de serem normatizadas, sob o pretexto de uma educação compensatória. Com base na literatura, o que se observa, atualmente, é uma naturalização das práticas de envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos, o que é comumente visto como fundamental para o sucesso da escolarização. No entanto, as reais possibilidades das famílias em executar as tarefas a elas atribuídas parecem ser ainda desconhecidas pelos agentes escolares. Daí a importância de se conhecer seu ponto de vista: como os pais, atores sociais concretos, estão vivendo a relação com a escola dos filhos. O objetivo do atual estudo é, então, investigar as representações e vivências de pais de alunos sobre a escola pública em que os filhos estudam. A abordagem teórico-metodológica adotada segue os referenciais teóricos do Psicodrama, da Análise Institucional e da Etnografia. Foram utilizados os seguintes métodos de coleta de dados: observação participante na escola, com vistas ao conhecimento do contexto mais amplo; entrevistas individuais com 22 pais de alunos de 3ª e 4ª séries em suas residências; duas entrevistas em grupo focal com os pais entrevistados individualmente; e análise documental. A análise dos dados ocorreu segundo os moldes da análise de conteúdo tradicional, e as sessões grupais passaram também por uma análise sociométrica. Os resultados apontaram que os pais parecem conceber sua atuação na vida escolar dos filhos da forma como a escola prescreve. No entanto, ao relatar vivências, eles revelaram idiossincrasias, críticas e dificuldades em cumprir o que deles é esperado. A postura da maioria na entrevista individual foi defensiva, havendo alguns que se colocaram de forma acrítica e uma minoria que se mostrou mais crítica. As sessões em grupo se mostraram importantes, uma vez que possibilitaram que o drama coletivo, do qual os entrevistados pareciam se defender na entrevista individual, fosse compartilhado. Foi revelado, então, um sentimento comum de impotência diante das exigências da escola, a qual parece exercer mecanismos sutis de exclusão. Assim, a relação família-escola se mostrou assimétrica, não parecendo atingir sua meta última de propiciar uma efetiva ajuda na vida escolar dos alunos. Pelo contrário, observou-se que a maneira como essa relação vem ocorrendo tende a aumentar ainda mais a distância entre o conhecimento formal propagado pela escola e a realidade das famílias populares, principalmente aquelas mais desfavorecidas social e economicamente. |