Os Jetsons como espectro da sociedade: análise crítica do desenho animado The Jetsons sob a ótica do conceito de espetáculo de Debord

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Márcia Maria Arco e Flexa Ferreira da lattes
Orientador(a): Tiburi, Marcia Angelita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/2045
Resumo: A presente dissertação se propôs a analisar criticamente três episódios do desenho animado The Jetsons, de 1968, inter-relacionando seus diversos temas e imagens com os aforismos do filósofo Guy Debord, em sua obra A Sociedade do Espetáculo, de 1967. Essa análise crítica buscou refletir acerca do desenho animado como espectro da sociedade, compreendendo espectro como imagem fantasmagórica, sombra ou reflexo do real. No contexto deste trabalho o real se confunde com o espectro, pois, imbricados, recriam as relações na sociedade, reificando tudo e todos, trazendo à tona a relação do espectador consumidor, do personagem fictício criado na relação social mediada por imagens. Buscando a compreensão entre o sujeito ou o indivíduo que se assevera enquanto tal, mas é imagem alienada de um homem reificado que, enquanto mercadoria, se relaciona através de um mundo de imagens que ele pensa serem reais, mas que conduzem sua história e suas relações em sociedade. Problematizamos o modo como os desenhos são vistos de forma pouco reflexiva, de maneira geral vistos ingenuamente por pais, professores, educadores e crianças , sem a devida interpretação ou diálogo acerca das imagens e temas consumidos através da tela da televisão nos mais variados objetos e comportamentos. Frente à relevância do desenho animado na cultura, educação e formação infantil, pontuamos, através da decupagem dos episódios, a relação de diversos atributos do desenho à leitura que Debord já fazia da sociedade e que, noutro sentido, prefigura a sociedade ainda por vir. Quanto à inserção do termo indústria multicultural , este se deu por supor um passo além da indústria cultural, no sentido de que o desenho animado, neste contexto, é um produto a ser consumido em muitos países para ser rentável, sendo, portanto, comprado por diversas culturas. A natureza dos inúmeros temas tratados nos desenhos animados pareceu muito relevante frente à sociedade e ao cidadão em formação e, por esta razão, pontuaram-se questões como tecnologia, consumo, alienação e violência, entre os temas tratados no desenho e tão pertinentes ao desenvolvimento dos educandos cidadãos formados ao longo da história.