Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fabiano José Araújo dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75364
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Resumo: |
A compreensão da ideologia ocupa papel central na crítica de Debord ao que ele chama de espetáculo moderno. Este, por sua vez, seria o estágio mais desenvolvido, e por nós conhecido, da sociedade de classes, no momento em que por seu desenvolvimento as forças econômicas ganham autonomia ao estenderem por todo o mundo o domínio da mercadoria. Tal fato, todavia, não poderia ter sido possível se não fossem as derrotas dos principais movimentos revolucionários do século XX em dois momentos cruciais, o primeiro quarto do século e o período que vai de cerca de meados dos anos 60 a fins de anos dos anos 70. Essas lutas, portanto, assistiram ao nascimento e o fortalecimento do regime espetacular do capital, inicialmente na divisão entre espetáculo difuso e concentrado e depois na fusão desses dois no espetáculo integrado, podendo ser dito do espetáculo como um todo que ele não trata apenas da gestão econômica, mas do próprio controle de seus dominados. Entendê-lo é, portanto, entender como se dá essa dominação na complexidade de suas técnicas de controle, tanto pelo aspecto objetivo da força armada do Estado, quanto no domínio objetivo e subjetivo das imagens do capital ali onde a sociedade da mercadoria se encontra mais desenvolvida. No que diz respeito a esse aspecto subjetivo, a crítica de Debord retoma sob nova perspectiva a relação proposta pelo filósofo e sociólogo húngaro Joseph Gabel das diferentes formas de formas de consciência antidialética, em especial a relação das formas social e clínica (para ele, a esquizofrenia). De fato, acreditamos estar aqui o fundamental da proposta desse trabalho, tendo em vista não se tratar de um aspecto muito explorado da crítica de Debord, além de se basear em um diálogo deste com um autor pouco conhecido no Brasil até mesmo em sua área. Quanto ao conjunto do trabalho, diríamos que pela crítica da ideologia é possível entender não apenas aspectos fundamentais desse elemento subjetivo tanto da perspectiva clínica, quanto em sua relação com a economia que retoma ainda o Lukács de História e consciência de classe e logicamente com a própria política, onde ganham destaque a crítica da representação e o projeto de superação da sociedade de classes por meio da revolução, discussão que, por sua vez, se mostra original ao destacar a análise dos Conselhos e o aspecto da linguagem nas lutas práticas, em exata oposição ao diálogo unilateral do espetáculo. Palavras-chave: Ideologia, Sociedade do espetáculo, Estado, Linguagem, Crítica da representação. |