A divulgação de conteúdos íntimos e os impactos nos processos de educação escolar: um estudo de caso na perspectiva histórico-cultural

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: MANOEL, Diego Franco
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista; Mestrado em Educação; Brasil; UNOESTE
• Palavras-chave em Português: Divulgação de conteúdos íntimos; Educação escolar; Adolescentes; Psicologia histórico-cultural; Disclosure of intimate content; Schooling; Teenagers; Historical-cultural psychology; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1291

Esta dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Oeste Paulista, à linha de pesquisa Políticas Públicas em Educação, processos formativos e diversidade, bem como ao grupo de pesquisa Estado, Políticas Educacionais e Democracia (EPED). Trata-se de um estudo de caso desenvolvido a partir da perspectiva histórico-cultural. Foi realizado com uma adolescente em uma cidade de médio porte situada no interior do estado de São Paulo, e teve por objetivo analisar as possíveis implicações no processo de educação escolar da adolescente que vivenciou a divulgação de conteúdos íntimos por meio de redes sociais. Foram utilizadas, como instrumentos para a coleta de dados, a entrevista semiestruturada e análise documental. Os dados qualitativos gerados foram analisados por meio de unidades analíticas na perspectiva teórica supracitada. Como resultado, foi possível identificar que a divulgação dos conteúdos íntimos impactou negativamente, além do social, a vida acadêmica da adolescente. Mesmo contando com o apoio do corpo docente e da direção da escola, isso não foi suficiente para que não ocorressem as represálias que culminaram no déficit em seu desempenho escolar. Embora a adolescente tenha apresentado uma recuperação positiva em seu rendimento escolar, os dados apontam que, antes do ocorrido, e mesmo depois, não houve nenhuma mediação por parte da educação escolar ou de membros da própria comunidade. A falta de elaboração e abstrações sobre o tema ainda deixam os/as adolescentes a mercê das condições sociais fetichizadas e imediatistas, o que expõe uma fragilidade do ambiente escolar e evidencia que situações como essas poderiam ser evitadas diante da constante problematização.