Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Campeiz, Ana Beatriz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-05102018-191013/
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Resumo: |
Na contemporaneidade, a violência é apontada e reconhecida como um problema social, relacional e de saúde, e se faz presente nas diversas formas de relações de intimidade entre os adolescentes, compreendidas por crush, \"pegar\", \"ficar\" ou namorar. A violência é um tema prioritário de atenção, uma vez que representa um problema social grave e impacta negativamente a saúde dos adolescentes. O presente trabalho visa analisar o sentido da violência nas relações de intimidade sob a ótica dos adolescentes, ancorada na perspectiva epistemológica e metodológica do Paradigma da Complexidade, de modo a contemplar todos os aspectos e dimensões que envolvem o fenômeno da violência na relação de intimidade, sejam sociais, históricos, culturais, gênero, econômicos, poder e psicológicos. Este estudo foi delineado em uma abordagem qualitativa do tipo pesquisa social estratégica, e teve como participantes 39 adolescentes, de ambos os sexos, frequentadores do ensino médio de duas escolas estaduais de um município do interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas, grupos focais e diários de campo, e analisados à luz do referido Paradigma. Os resultados indicaram (i) a aceitação da ocorrência de violência nos relacionamentos íntimos entre os adolescentes; (ii) a existência de questões relacionadas ao gênero e passividade frente à violência perpetrada por mulheres; (iii) a persistência de tabus na sociedade e a reprodução de questões estigmatizantes nos relatos dos participantes; (iv) a prevalência de violência psicológica e emocional entre os adolescentes, além da violência figurada bidirecional. Em suma, o Paradigma da Complexidade contribuiu de forma imprescindível para o desenvolvimento de um olhar integral sobre a temática, proporcionando maior clareza sobre os elementos que compõem o fenômeno, e principalmente, sobre a interdependência e interconectividade entre eles, de modo articulado e contextualizado. |