Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Carlos Eduardo Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217990
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Resumo: |
Conflitos por terra e território sempre estiveram presentes nas lutas travadas por camponeses e povos tradicionais para conquistarem, retomarem ou manterem seus modos de vida e espaço-tempo de reprodução social no Brasil. Na produção territorial desses conflitos a violência é um dos elementos centrais. Apesar de ser o elemento visível dessa “paisagem do conflito”, a violência esconde, sob sua notoriedade, sujeitos e instituições que as originam. A tese buscou, através de uma análise histórica e pesquisa de campo junto as famílias que vivem o conflito territorial no estado do Tocantins, compreender quais são as características que se configuram como centralidade e promotora desses conflitos. Ao caracterizar a produção do conflito no estado do Tocantins, o trabalho faz distinção entre terra e território na análise dos dados, entendendo que, apesar de os sujeitos que compõem a pesquisa, posseiros, trabalhadores rurais, assentados, acampados, indígenas e quilombolas estarem submetidos aos mesmos processos que produzem os conflitos, eles se relacionam com a terra/natureza de forma distinta. O indígena e o quilombola, por exemplo, têm a ancestralidade e o local histórico de reprodução social como base de seus territórios. Neste sentido, a tese levantou três elementos centrais na produção do conflito territorial no estado do Tocantins, que são: 1º - Inércia planejada do poder público em resolver a questão fundiária de suas terras, produzindo insegurança jurídica; 2º - Expansão da produção monopolista através do agronegócio, tendo como um de seus meios o uso da violência e 3º a luta e resistência camponesa, indígena e quilombola em manter suas terras e seus territórios. Esses elementos se apresentam separadamente, ora com maior intensidade nos conflitos por terra, ora nos conflitos por território, gerando o aspecto visível da paisagem do conflito, que é a violência. Como resultado, a tese apresenta e analisa os elementos centrais do conflito por terra e território, produzindo mapas que localizam as áreas de tensões, além de e imagens e denúncias que reforçam as formas da produção territorial do conflito agrário no estado do Tocantins. |