Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vilione, Gabriela Cristina Carneiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/239717
|
Resumo: |
O processo de envelhecimento é complexo, contraditório, histórico, heterogêneo e multidimensional. Igualmente, atribuímos tais aspectos a fase específica da velhice. Velhice não apenas biopsicossocial, mas social e historicamente construída, sobretudo condicionada pelas determinações sociais situadas numa dada sociabilidade: o sistema do capital. Sistema em que o modo de produção e suas relações se ancoram na riqueza pela exploração, isto é, consolida-se pela violência estrutural, fenômeno de igual complexidade, e cujas bases solidificaram-se, como veremos, com os processos de expropriação, seja originária e/ou contemporânea, o que implica na desproteção da classe que vive da venda de sua força de trabalho. Assim, a temática “O sistema do capital e o fenômeno da violência estrutural contra os velhos e velhas da classe trabalhadora no cenário pandêmico” é considerada atual e de relevância política, acadêmica e social. A relevância política está na compreensão da ofensiva conservadora, agravada com a ascensão da extrema direita bolsonarista, e contemporânea, por abranger a conjuntura de pandemia da Covid-19. No sentido social, sua relevância está na constatação da ausência de uma rede protetiva voltada aos velhos e velhas da classe trabalhadora. E no âmbito acadêmico, atestamos irrisória produção no tocante à velhice e a violência numa perspectiva crítica. Para tanto, a presente investigação, partiu do pressuposto de que a violência estrutural atual nasce com as estruturas de dominação, opressão e exploração desta sociabilidade, logo, é produto do atual modo de produção e reprodução social capitalista, diferindo-se das violências tipificadas, sendo intensificadora destas e fundadora de outras manifestações. Neste sentido, este estudo teórico objetivou analisar as implicações da violência estrutural, a partir da relação capital/trabalho/Estado, no processo de envelhecimento e velhice da classe trabalhadora, e suas nuances no cenário da pandemia. Tendo como objetivos específicos: identificar as bases materiais da violência estrutural e os determinantes que condicionam suas formas de produção e reprodução no sistema do capital; analisar a violência estrutural refletida no avanço do conservadorismo e suas características no cenário brasileiro contemporâneo do coronavírus; verificar quanto à existência da rede protetiva a pessoa idosa em situação de violência, essencialmente no contexto de pandemia da Covid-19. Ademais, esta investigação guiou-se pela pesquisa bibliográfica e documental (com utilização de revisão integrativa e a técnica de análise de conteúdo) e abordagem qualitativa. Fundamentou-se na concepção teórico-metodológica do materialismo histórico-dialético marxiano, cujas reflexões foram voltadas para a compreensão em sua totalidade, ao considerar a produção e reprodução das relações sociais no contexto do capital. A tese defendida é de que a violência estrutural possui implicações diretas na vida da classe trabalhadora, sobretudo, na velhice, intensificada com o avanço da ofensiva conservadora, agravada no contexto pandêmico. Destarte, este estudo teórico contribuirá, como produto provisório, para a visibilidade e ampliação das discussões relativas ao fenômeno da violência estrutural. |