Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gustavo Cabral da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237411
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Resumo: |
A diversidade de organismos vegetais no ambiente terrestre confere características próprias a cada espécie, que têm forte influência do metabolismo especializado das plantas, que pode ser modulado por fatores bióticos ou abióticos. Espécies da família Annonaceae sintetizam diversas moléculas do metabolismo especializadas como os alcaloides, que apresentam atividades biológicas e possuem importante papel nas funções fisiológicas, ecológicas e/ou evolutivas. O araticum de terra-fria ([Annona emarginata (Schltdl.) H. Rainer “terra-fria”]) é considerado tolerante a patógenos, sendo utilizado como porta-enxerto para a atemoia (Annona x atemoya Mabb.), que apresenta suscetibilidade. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi encontrar diferenças na produção de alcaloides em acessos (indivíduos) de Annona emarginata (Schltdl.) H. Rainer morfotipo ‘terra-fria’, a fim de selecionar porta-enxertos que apresentem tolerância a estresses bióticos, como aos fungos Colletotrichum fructicola e C. theobromicola causadores de antracnose em Annona, para que componham pomar de matrizes para a copa atemoia (Annona x atemoya Mabb.). Os alcaloides foram obtidos de plantas jovens (mudas) e adultas de 8 acessos de Annona emarginata (pé franco) e plantas adultas de Annona x atemoya enxertadas em Annona emarginata. A identificação foi realizada por espectroscopia de RMN (1H, 13C, COSY, HSQC e HMBC), espectrometria de massa (ESI-MS) e comparação de dados da literatura. A fim de avaliar capacidade reprodutiva dos acessos foram realizados testes de germinação. Os extratos alcaloidais foram utilizados em teste de bioatividade em cepas de Colletotrichum fructicola e C. theobromicola. Os testes de germinação permitiram selecionar acessos 2 e 4, com maior germinabilidade. Os acessos com maior concentração de alcaloides totais nas raízes foram 5 e 7. Entre os acessos foram detectados os alcaloides anonaína, asimilobina, liriodenina, nornuciferina, lisicamina, xylopina, oxoxylopina e reticulina. A abundância dos alcaloides anonaína e liriodenina foi maior em indivíduos jovens e a reticulina foi maior em indivíduos adultos. Os alcaloides lisicamina, nornuciferina e oxoxylopina foram reportados pela primeira vez para a espécie Annona emarginata. Os testes biológicos tiveram respostas promissoras, as raízes dos acessos 1, 2, 4, 5, 7 e controle (jovens), 2-7 e controle (adultos) de Annona emarginata e adultos de Annona x atemoya inibiram a atividade do fungo C. fructicola. Os acessos 2, 4 e 5 (jovens), 2 e controle (adultos) de raízes de Annona emarginata inibiram a atividade do fungo C. theobromicola. A partir dos resultados podemos concluir que o perfil de alcaloides não apresentou diferenças entre os acessos de Annona emarginata, porém a espécie se mostrou promissora na bioprospecção de novas moléculas, bem como seus efeitos bioativos. |