Estudo Fitoquímico e Biológico de Duguetia riparia (Annonaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cunha, Livia Melo Arruda
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9805702140599566
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3307
Resumo: A família Annonaceae é composta por 135 gêneros; 34 podem ser encontrados na América do Sul, onde predominam os gêneros Annona, Guatteria, Rollinia, Xylopia e Duguetia. Dentre estes, 29 podem ser encontrados no Brasil, incluindo o gênero Duguetia com 50 das 70 espécies catalogadas. A espécie estudada, D. riparia, conhecida popularmente como araticum da mata , envira , envira-preta , envira-tai e makahy-myra , ocorre na Amazônia Colombiana, Suriname, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil, em florestas nãob inundadas, periodicamente inundadas ou em savanas, freqüentemente ao longo dos rios com produção de frutos durante praticamente todo o ano. Com intuito de isolar possíveis metabólitos secundários presentes nesta espécie e determinar a capacidade capturadora de radicais livres, concentração de fenóis, toxicidade frente ao estágio larval de Artemia salina, cepas de Leishmania amazonensis e larvas do mosquito Aedes aegypti de seus extratos e frações, 678 g dos galhos finos de D. riparia foram macerados com hexano, metanol e metanol/H2O (80%). Estes extratos, após sucessivas partições, originaram, respectivamente, uma fração hidroalcoólica, uma fração rica em alcalóides e o extrato metanólico solúvel 80%. Os sucessivos fracionamentos cromatográficos dos extratos metanólico, metanólico aquoso 80% e metanólico solúvel, bem como da fração hidroalcoólica e da fração de alcalóides originaram amostras relativamente puras que foram investigadas quanto à presença de substâncias bioativas. Os extratos hexânico, metanólico e metanólico solúvel, juntamente com a fração hidroalcoólica e a fração de alcalóides, foram testados quanto à capacidade capturadora de radicais livres, concentração de fenóis, toxicidade frente ao estágio larval de Artemia salina, cepas de Leishmania amazonensis e larvas do mosquito Aedes aegypti. O estudo fitoquímico se mostrou satisfatório, pois resultou no isolamento e identificação dos alcalóides liriodenina, oxoputerina, lisicamina e asimilobina. Os demais ensaios realizados evidenciaram ser a espécie estudada uma matéria-prima promissora na obtenção de novos medicamentos a base de plantas, haja vista que o extrato hexânico apresentou, pelo teste de toxicidade frente a Artemia salina, DL50 compatível com uma possível atividade antitumoral (DL50 = 4,9 μg/mL); resultado inibitório significativo frente às cepas de Leishmania amazonensis (DL50 = 46,4 μg/mL) e boa atividade antioxidante (CE50 = 6,99 μg/mL). Também se observou que os extratos metanólico e metanólico solúvel, bem como a fração de alcalóides apresentaram, além da atividade inibitória frente às cepas de Leishmania amazonensis, resultados significativos quanto à capacidade capturadora de radicais livres, destacando-se entre eles a fração de alcalóides, com CE50 igual a 1,15 μg/mL e o extrato metanólico, com CE50 igual a 1,22 μg/mL