Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mimi, Carolina Ovile |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190937
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Resumo: |
Além das formas clássicas de identificação de espécies e variedades realizadas por meio da diferenciação morfológica de órgãos das plantas, como as folhas, flores e frutos, contamos com diferentes técnicas de estudo que analisam aspectos moleculares e químicos. A junção de mais de uma técnica de análise taxonômica é utilizada quando apenas a diferenciação morfológica não é capaz de identificar e classificar uma espécie. A quimiossistemática, recentemente nomeada quimiofenética utiliza dados químicos, provenientes do metabolismo especializado das plantas, para auxiliar na classificação de diferentes famílias, gêneros, espécies e variedades. A espécie Annona emarginata (Schltdl.) H. Rainer, conhecida por seu valor econômico e ecológico, é popularmente chamada como araticum de terra-fria e como araticum mirim, observações de campo e diversos estudos demonstram diferenças fisiológicas e morfológicas entre os araticuns. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi utilizar caracteres morfológicos e químicos provenientes do metabolismo especializado para esclarecer se os araticuns (araticum de terra-fria e araticum mirim) podem ser tratados como variedades de Annona emarginata (Schltdl.) H. Rainer. Para tanto, foram realizadas análises morfométricas do limbo foliar e da coloração das flores e, análises do metabolismo especializado dos araticuns, considerando a) o perfil químico de alcaloides da raiz, expressado como abundância e perfil químico de alcaloides totais, e abundância de um alcaloide considerado marcador quimiotaxonômico (liriodenina) da família Annonaceae; b) perfil de voláteis foliares pelo método de microextração em fase sólida em modo headspace (HS-SPME). As coletas ocorreram em três estádios fenológicos (vegetativo, floração e frutificação) e em dois locais (Campos do Jordão e São Bento do Sapucaí). Foram observadas diferenças marcantes entre os araticuns em todos os aspectos estudados. Em relação à concentração de alcaloides totais e da Liriodenina foi encontrada maior concentração em araticum mirim nos três estádios fenológicos e nas duas localidades, a análise do perfil demonstrou maior porcentagem de presença do alcaloide Lanulinosina em araticum de terra-fria, e dos alcaloides Laurotetanina e N-metil-Laurotetanina em araticum mirim. O perfil de voláteis foliares demonstrou que araticum de terra-fria apresenta composição majoritária de sesquiterpenos (52 - 65% do perfil), diferente do araticum mirim que apresenta composição majoritária de monoterpenos (52 - 68% do perfil), além disso foi relatada a presença de voláteis exclusivos para os dois araticuns. A análise morfométrica demonstrou que araticum de terra-fria apresenta maior comprimento e largura do limbo foliar, quando comparado com araticum mirim que apresenta menor comprimento e largura do limbo foliar. Os resultados das análises de componentes principiais e agrupamentos hierárquicos com os caracteres químicos e dos morfológicos sugerem que o araticum de terra-fria e o araticum mirim devam ser classificados como variedades de A. emarginata. |