Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vicente, Luciano Aparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182436
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo discutir a emergência do discurso de autoajuda dirigido à educação escolar. Referimo-nos, especificamente, a algumas obras de Augusto Cury, que serão analisadas nesta Dissertação, cujo foco se volta para professores, alunos, pais e demais profissionais da educação. Analisamos esse discurso a partir dos conceitos de biopolítica e governamentalidade de Michel Foucault, para pensar de que maneira a autoajuda se transformou, hoje, num discurso que orienta o indivíduo a se transformar em um capital humano. A discussão da biopolítica, na perspectiva neoliberal, nos possibilita compreender que esse discurso orienta o indivíduo para que ele seja capaz de fazer render o seu corpo e seu valor – capital humano. Dentro do contexto contemporâneo, marcado por síndromes, ansiedades e processos de adoecimentos decorrentes das exigências competitivas do capitalismo, a busca pelos discursos de autoajuda tem-se apresentado como um fenômeno contemporâneo com forte ressonância, inclusive no âmbito educacional. Identificado como um discurso imperativo e com características específicas, ele visa a orientar e a treinar a conduta dos indivíduos em consonância com os interesses do empreendedorismo neoliberal. Identificamos, nas obras de Augusto Cury, com destaque para aquelas direcionadas à educação, as características assumidas pela literatura de autoajuda, em seus aspectos mais gerais. O intuito, nesta Dissertação, é compreender e explicitar o funcionamento dos discursos de autoajuda no contexto educacional e o quanto eles se articulam a modos de governo e condução de condutas, próprios às práticas neoliberais contemporâneas. Desse modo, essa literatura configura um tipo de tecnologia que objetiva a produção do si mesmo afinado com as ideias do mercado. |