Análise do discurso de autoajuda para as adolescentes: imagens, identidades e estereótipos da adolescência feminina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Furlan, Marília Molina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155864
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar qual é ou quais são a(s) imagem(ns), o(s) estereótipos e a(s) identidade(s) da adolescente que se projetam em obras de autoajuda direcionadas com base nos subsídios teórico-metodológicos da Análise do Discurso de linha francesa, especificamente nas reflexões de Maingueneau a respeito de conceitos como o de interdiscurso, o de semântica global, o de intertextualidade, o de ethos discursivo e o de cenas de enunciação. Para tanto, selecionam-se e descrevem-se dez obras representativas desse discurso. Neste trabalho, analisa-se o discurso de autoajuda para as adolescentes, considerando-se os seguintes planos discursivos: tema, intertextualidade, ethos discursivo e cenas de enunciação. O interesse pela análise dessas quatro dimensões discursivas justifica-se porque se entende que tais planos participam de modo bastante significativo da construção da(s) identidade(s) das adolescentes. Considerando-se aspectos da materialidade linguística do corpus, a análise revela a heterogeneidade dos temas desenvolvidos pelo discurso de autoajuda para as adolescentes e das relações intertextuais que mantém com outros textos em sua materialidade linguística, bem como a dos ethé discursivos e a das cenografias instauradas nas obras analisadas. Além disso, identificam-se quatro identidades adolescentes femininas que são constituídas nas obras: a da adolescente cristã devota, a da adolescente “fashionista”, a da adolescente geek feminista e a da adolescente “comum”. Por fim, a análise semântica de determinados planos discursivos das obras conduz a proposição de um sistema de restrições semânticas comum a essas obras, o que permite a postulação de uma formação discursiva específica: a autoajuda para as adolescentes.