Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Crisp, Alex Harley [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150848
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Resumo: |
A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal e é considerada um importante fator de risco para doenças cardiometabólicas. Dentre as estratégias para o tratamento, principalmente da obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica apresenta resultados significativos na redução da massa corporal e controle das comorbidades associadas. Por outro lado, observa-se que nem todos os pacientes submetidos à cirurgia atingem redução significativa da massa corporal e/ou manutenção desta ao longo do tempo. Investigar os fatores envolvidos no comportamento da massa corporal após cirurgia bariátrica se faz importante para melhorar a efetividade do tratamento da obesidade mórbida. O presente trabalho tem como foco as atividades físicas e composição corporal e consiste na apresentação de três estudos. O primeiro estudo teve como objetivo avaliar as alterações das atividades físicas e composição corporal seis e doze meses após cirurgia bariátrica. Trinta e quatro mulheres submetidas à cirurgia de derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) completaram o estudo. As atividades físicas foram mensuradas diretamente por meio de um acelerômetro tri-axial, antes e após seis e doze meses da cirurgia. A composição corporal foi estimada por bioimpedância multifrequencial nos mesmos períodos. O percentual de tempo gasto em atividades físicas moderada-vigorosa (AFMV) aumentou significativamente do período pré para 6 meses após cirurgia, entretanto, não foi observada diferença em 12 meses. Alterações não significativas foram detectadas para as outras variáveis de atividade física. O percentual de sujeitos que atingiram ≥ 150 min de AFMV por semana foi de 5,9%, 11,8% e 14,7%, para o período pré, 6 e 12 meses após a cirurgia, respectivamente. A análise de regressão multivariada sugeriu que as atividades sedentárias determinaram a perda de massa magra nos períodos de seis meses (β = -0,333; IC95% = -0,649; 0,003) e doze meses (β = -0,510; 95 % CI = -0,867, -0,154) após a cirurgia. Os achados do primeiro estudo indicam o percentual gasto em AFMV aumentou 6 meses após cirurgia DGYR, mas esta alteração não foi mantida em 12 meses. Apesar da considerável perda de massa corporal após cirurgia, a maioria dos sujeitos foram classificados como fisicamente inativos e não foi observada alteração do comportamento sedentário. Esses dados reforçam a importância de orientar os pacientes bariátricos para aumentar o nível de atividade física no período pós-operatório. O objetivo do segundo estudo foi comparar o consumo de oxigênio em repouso mensurado por calorimetria indireta com os resultados obtidos por fórmulas preditivas. Participaram do estudo 40 mulheres obesas na fila de espera para a cirurgia bariátrica. As fórmulas preditivas utilizadas foram: MIfflin-St Jeor (MSJ), Female Brazilian Population (FBP), Henry & Rees (HR), Harris-Benedict (HB), Schofield (S) e World Health Organization (WHO). O valor médio de consumo de oxigênio foi 2,27 ± 0,024 ml∙kg−1∙min−1, e o valor médio de taxa metabólica de repouso foi 0,66 ± 0,07 kcal∙kg−1∙h−1. Os valores mensurados de consumo de oxigênio e a taxa metabólica de repouso foram 35,14 ± 7,10 e 33,62 ± 7,46%, respectivamente, menor que o valor padrão de 1MET (3,5 ml∙kg−1∙min−1 e 1 kcal∙kg−1∙h−1, respectivamente). As equações de MSJ e FBP apresentaram maior índice de predição a nível individual (entre ± 10% da medida mensurada) para estimar o consumo de oxigênio de repouso e a taxa metabólica de repouso. Os achados do segundo estudo indicaram que, em mulheres obesas, o valor padrão de 1MET superestimou o gasto energético de repouso relativo. A correção do valor de 1MET pelas fórmulas preditivas (MSJ e FBP) favorecem uma melhor estimativa do gasto energético das atividades físicas em mulheres na fila de espera para a cirurgia bariátrica. O terceiro estudo teve como objetivo avaliar a influência do polimorfismo ACTN3 R577X com as alterações da composição corporal após a cirurgia bariátrica. Quarenta mulheres participaram deste estudo. A composição corporal foi estimada por meio de bioimpedância multifrequencial nos períodos pré, seis, doze e vinte e quatro meses após a cirurgia DGYR. Os resultados indicaram que o percentual de alteração da massa corporal e massa de gordura foram significativamente maior para as pacientes com o genótipo XX comparado com o genótipo RX/RR, sem diferença significativa para a perda de massa magra livre de gordura. Os achados do terceiro estudo indicaram que mulheres obesas com o genótipo XX tiveram alterações mais positivas na composição corporal após a cirurgia DGYR. |