Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Favoreto, Ana Laura [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204076
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Resumo: |
Glycaspis brimblecombei Moore (Hemiptera: Aphalaridae) tem se destacado nos últimos quatro anos causando perdas econômicas em plantios de eucalipto no Brasil. Além disso, seu principal parasitoide, Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae) não tem apresentado taxas efetivas de controle dependendo da região do país. Os principais objetivos desse trabalho foram: prospectar endossimbiontes associados à G. brimblecombei e P. bliteus de populações coletadas no Brasil e do centro de origem desses insetos, a Austrália, e avaliar as possíveis interações destes com os hospedeiros. Descrever comportamentos do parasitoide, P. bliteus, relacionados a oviposição, cópula-corte, cortes histológicos dos ovários de fêmeas virgens a copuladas e a longevidade dos mesmos quando submetidos a quatro diferentes dietas (mel 100%, solução de mel 50%, concha de G. brimblecombei e sem alimento) e temperaturas (18, 21, 25, 27, 30 e 35 ºC) e também os voláteis emitidos por G. brimblecombei. Os endossimbiontes alvos foram Arsenophonus, Carsonella, Hamiltonella, Rickettsia e Wolbachia foram avaliados em: Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, e três localidades da cidade de Brisbane, Queensland, Austrália. As populações de G. brimblecombei, de maneira geral, foram positivas para endossimbiontes primário e secundário, como Carsonella rudii e Arsenophonus, respectivamente. O endossimbionte facultativo Wolbachia pipientis, foi encontrado em algumas populações do psilídeo-de-concha e do parasitoide, caracterizando transmissão horizontal. Além disso, esse endossimbionte aumentou a capacidade de oviposição de G. brimblecombei. Os comportamentos de oviposição e corte-cópula de P. bliteus foram observados diretamente em microscópio esteroscópio, com parasitoides recém-emergidos e sem conhecimento prévio. O comportamento de oviposição de P. bliteus foi caracterizado por dois tipos distintos, o primeiro com a inserção do ovipositor na junção concha-folha, e o segundo ao morder a concha e inserir o ovipositor. O comportamento de corte, desse parasitoide, foi caracterizado por machos tocando as fêmeas com as antenas nas antenas e/ou tórax-abdomen das mesmas, e forçando a cópula mas as fêmeas os repelem. Além disso, fêmeas disponíveis para o acasalamento tem um comportamento de “dança” com movimentos das asas e abdômen fazendo com que o macho se prepare para a monta. A idade de todas as fêmeas que copularam foi de 48 horas de idade ou mais. A morfologia, nos cortes histológicos dos ovários das fêmeas virgens ou copuladas de P. bliteus foi semelhante, com ovócitos maduros e em desenvolvimento. A longevidade desse parasitoide foi mais longa com dietas ricas em carboidratos, mel 100% ou solução de mel a 50%, em todas as temperaturas estudadas, por isso a suplementação alimentar é imprescindível para a manutenção em criações em laboratório ou liberações em campo de P. bliteus. A longevidade desse parasitoide foi maior a 18 e 21ºC, o que tem alta correlação com o baixo parasitismo em campo de G. brimblecombei por P. bliteus. |