Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bello, Vinicius Henrique [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202706
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Resumo: |
A mosca-branca, Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma das pragas agrícolas e vetora de vírus mais importantes mundialmente. No entanto, Bemisia tabaci é considerada um complexo de espécies crípticas composto por ao menos 44 espécies consideradas indistinguíveis morfologicamente. Dentre as espécies desse complexo, no Brasil as espécies Middle East-Asia Minor 1 (MEAM1, também conhecida como biótipo B) e Mediterranean (MED, também conhecida como biótipo Q) são as mais importantes. A espécie MEAM1 foi relatada no Brasil no início da década de 90 e desde então tem causado danos severos a diversas culturas, além de ser responsável pela emergência de begomovírus em tomateiro nunca observado previamente. A espécie MED foi relatada no Brasil em 2014 no extremo sul do país no estado do Rio Grande do Sul. Desde então, MED tem mudado o cenário da agricultura nos estados do Paraná e São Paulo associado aos danos severos causado pelo seu ataque e transmissão de vírus. Atualmente, MED pode ser encontrada no Rio Grande do Sul, Paraná (PR), Santa Catarina, São Paulo (SP) e Minas Gerais, associada a plantas hortícolas e ornamentais. Diante desse cenário, objetivou-se compreender melhor os impactos causados pela espécie MED como praga e vetora de vírus. O trabalho desenvolvido foi dividido em quatro capítulos. No primeiro capítulo, levantamento populacionais demonstram que MED é a espécie predominante de mosca-branca em pimentão cultivado em estufa e a campo aberto no PR e SP. Além disso, o begomovírus tomato severe rugose (ToSRV) e o crinivírus tomato chlorosis virus (ToCV) foram encontrados associados a MED em plantas de pimentão e tomate, respectivamente. No segundo capítulo, foi identificado o ToCV infectando plantas de pepino pela primeira vez no Brasil, no município de Óleo (SP). Plantas infectadas apresentavam sintomas de mosqueado nas folhas jovens e se encontravam associadas a alta infestação de MED. No capítulo 3, apresentamos a primeira evidência de MED em campos de soja em SP e no PR. O carlavírus cowpea mild mottle virus (CPMMV) também foi encontrado associado a presença de MED e MEAM1. Além disso, estudos biológicos demonstraram que MED e MEAM1 são excelentes vetores do CPMMV, bem como plantas de soja infectadas pelo CPMMV são favoráveis para a reprodução de MED e MEAM1. No capítulo 4, realizado em Israel, foi demonstrado que os poleroviruses pepper vein yellows vírus - 2 (PeVYV-2) e o pepper whitefly-borne vein yellows virus (PeWBVYV) competem em plantas e também em seus respectivos vetores (pulgões e mosca-branca). No entanto, essa competição pode ser uma estratégia evolucionaria dos dois polerovirus para permitir a coexistência na mesma localização geográfica, evitando a exclusão competitiva. |