Biologia em temperaturas alternantes e exigências térmicas de Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Liviidae) e Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) visando ao seu zoneamento em regiões citrícolas do estado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vieira, Jací Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HLB
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-01082016-154434/
Resumo: A pesquisa teve por objetivo determinar o desenvolvimento, o número de gerações e a constante térmica de Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Liviidae) e Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae), sob 20 combinações de temperaturas alternantes que simulam as condições de Limeira, Tatuí, Araraquara, Santa Cruz do Rio Pardo e Votuporanga, áreas citrícolas do estado de São Paulo, nas quatro estações do ano. Paralelamente, discutem-se as estimativas dos períodos de liberação do parasitoide associados ao alerta fitossanitário desenvolvido pelo FUNDECITRUS. Foi estudado o desenvolvimento de D. citri e T. radiata, sendo registrado o tempo necessário para completarem o ciclo biológico. A partir destes dados, foi calculada a constante térmica e o número de gerações da praga e do parasitoide para cada uma das condições propostas. Com base na duração do desenvolvimento de D. citri, foi definido o momento ideal para liberação de T. radiata em campo. Os resultados da determinação do número de gerações de D. citri e de T. radiata, baseando-se em temperaturas alternantes, foram comparáveis ao modelo desenvolvido em temperaturas constantes, sendo que as variações existentes entre os dois modelos se deveram à inclusão do período de pré-oviposição que foi variável em função da temperatura. A previsão do número de gerações se ajustou mais a T. radiata do que a D. citri, sendo propostos fatores de correção para casos em que a constante térmica observada superou 10- 15% do valor determinado em laboratório. Observou-se que uma geração de D. citri variou de 22,9 a 74,2 dias, no verão e inverno para as simulações de Votuporanga e Tatuí, respectivamente; por outro lado, nas mesmas condições, uma geração de T. radiata pode variar de 9,8 a 21,6 dias. A relação entre o número de gerações de D. citri: T. radiata no decorrer do ano é superior a 1:2, sendo de 1: 2,58; 1: 2,47; 1: 2,28; 1: 2,28; 1: 2,34, respectivamente, para as simulações de Limeira, Tatuí, Araraquara, Santa Cruz do Rio Pardo e Votuporanga. A regressão linear mostrou que o número de gerações de D. citri é melhor explicado pela média das temperaturas diurna e noturna, enquanto que para T. radiata, apenas pela temperatura diurna. Os valores extremos de dias para liberação de T. radiata após o alerta fitossanitário, correspondem às regiões de Avaré e Bebedouro. Os resultados indicam que há uma variação no desenvolvimento da praga e do seu parasitoide entre as regiões e que há necessidade de validação em campo; no entanto, se confirmados, permitirão o uso mais eficiente do parasitoide T. radiata, se tornando um componente auxiliar ao sistema de alerta e ao Manejo Integrado dessa importante doença, o HLB.