Citotaxonomia e evolução cromossômica na subfamília Triatominae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alevi, Kaio Cesar Chaboli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152025
Resumo: A taxonomia e a sistemática dos triatomíneos baseiam-se, principalmente, em caracteres morfológicos. No entanto, existem espécies muito semelhantes ou até mesmo idênticas (espécies crípticas) do ponto de vista morfológico. Dessa forma, novas abordagens são necessárias para caracterizar um táxon e análises citogenéticas têm se mostrado como importantes ferramentas para a caracterização taxonômica e o conhecimento evolução desses vetores. Assim, o presente trabalho teve como objetivos principais: caracterizar os subcomplexos Brasiliensis, Rubrovaria, Matogrossensis, Maculata e Rubrofasciata; auxiliar na revalidação de Triatoma bahiensis; avaliar o status específico de Rhodnius montenegrensis, Rhodnius sp. (afim de R. neglectus), T. pintodiasi, T. lenti e T. sherlocki; analisar a relação evolutiva da tribo Rhodniini; caracterizar o fenômeno de persistência nucleolar na subfamília Triatominae e analisar a variabilidade genética intraespecífica de T. sordida proveniente do Brasil. Os resultados obtidos permitiram caracterizar citogeneticamente as espécies do subcomplexo Brasiliensis; revalidar T. bahiensis e corroborar que essa espécie, bem como T. lenti e T. petrocchiae são membros do subcomplexo Brasiliensis; corroborar o status específico de T. lenti, T. sherlocki e T. bahiensis pela presença de barreira de isolamento reprodutivo pós-zigótica (desmoronamento do híbrido); sugerir que durante a muda imaginal, os triatomíneos cessam a meiose e estimulam a espermiogênese para diminuir os gastos energéticos e garantir a chance de paternidade; caracterizar citogeneticamente os subcomplexos Matogrossensis e Rubrovaria e distingui-los dos outros subcomplexos da América do Sul; reagrupar as espécies dos subcomplexos Matogrossensis, Sordida, Maculata e Rubrovaria, com base na disposição do DNAr 45S; propor a criação de um novo subcomplexo (subcomplexo T. vitticeps), com base em dados fenotípicos e genotípicos; caracterizar citogeneticamente o subcomplexo Maculata e diferenciar T. wygodzinskyi e T. arthurneivai; diferenciar T. rubrofasciata de todas as outras espécies de triatomíneos pela citotaxonomia e cariossistemática; corroborar, por meio da análise cariotípica e das espermátides, que a tribo Rhodniini é um grupo monofilético; caracterizar a evolução cromossômica no grupo pallescens e relacionar a perda de heterocromatina com a ocupação de diferentes ambientes; corroborar o status específico de R. montenegrensis (com base na posição do DNAr 45S) e de T. pintodiasi (com base no comportamento meiótico e na distância genética para o gene mitocondrial 16S); demonstrar que R. neglectus não apresenta variação cromossômica intraespecífica e descrever uma nova espécies do gênero Rhodnius, a saber, R. taquarussuensis sp. n.; discorrer sobre a evolução cariotípica nas tribos Rhodniini, Triatomini e Cavernicolini; confirmar o fenômeno de persistência nucleolar como uma sinapomorfia de Triatominae e, por fim, demonstrar que T. sordida do Brasil não apresenta variação cromossômica intraespecífica e corroborar o status desses vetores como T. sordida sensu strito. Esses resultados mostraram-se de extrema importância para elucidar várias questões sobre a biologia, taxonomia e evolução dos triatomíneos.