Triatoma vitticeps (Stål, 1859) (Hemiptera, Triatominae): um vetor da doença de Chagas ou um complexo de vetores?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cesaretto, Natália Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191719
Resumo: Análises da distância genética de genes mitocondriais 16S, Cyt b e COI de Triatoma vitticeps provenientes de Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES) revelaram alta distância intraespecífica, o que acarretou na hipótese de que, possivelmente, T. vitticeps possa ser um complexo de espécies (ou subespécies) crípticas. A realização de cruzamentos experimentais pode auxiliar em diferentes aspectos, como no entendimento da taxonomia, sistemática e dos mecanismos de isolamento que limitam o fluxo gênico, assim como possibilita avaliar o papel da hibridação natural na geração de novas variantes genéticas (que podem levar à evolução adaptativa e/ou a fundação de novas linhagens evolutivas). Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo analisar se T. vitticeps representa apenas uma espécie ou um complexo de espécies, por de meio de análises morfométricas da cabeça de fêmeas, por cruzamentos experimentais e pela análise dos híbridos resultantes, com ênfase na dinâmica evolutiva dos cruzamentos experimentais (cópula, oviposição, eclosão e desenvolvimento dos híbridos). Os estudos morfométricos e os cruzamentos experimentais sinalizam que T.vitticeps do ES representa um novo táxon. Barreiras pré e/ou pós-zigóticas associadas com incompatibilidades genômicas, mortalidade do híbrido dentro dos ovos e esterilidade do híbrido proveniente de erros cromossômicos foram observadas entre T. vitticeps do ES quando cruzado com T. vitticeps de MG e RJ (em pelo menos uma direção), o que satisfaz o conceito biológico de espécie. Com base no exposto, é possível destacar que T. vitticeps do ES representa uma nova espécie de triatomíneo.