Análise das barreiras reprodutivas no complexo Triatoma brasiliensis (Hemiptera, Triatominae): T. petrocchiae Pinto e Barreto, 1925 x T. brasiliensis Neiva, 1911 e T. lenti Sherlock e Serafim (1967)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Delgado, Luiza Maria Grzyb
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217785
Resumo: Os triatomíneos são insetos hematófagos de grande importância epidemiológica, pois atuam como vetores do protozoário Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. As espécies de Triatoma foram agrupadas em complexos e subcomplexos, com base, principalmente, em dados morfológicos e distribuição geográfica. O complexo T. brasiliensis é um grupo monofilético formado pelas espécies T. juazeirensis, T. melanica, T. petrocchiae, T. lenti, T. bahiensis, T. sherlocki e pelas subespécies T. b. brasiliensis e T. b. macromelasoma. Embora a relação entre T. petrocchiae e as espécies do complexo T. brasiliensis tenha sido sugerida desde 1970, apenas recentemente estudos morfométricos e filogenéticos confirmaram a inclusão da espécie no complexo. Cruzamentos experimentais entre T. petrocchiae e T. b. brasiliensis detectaram barreira pré-zigótica interespecífica. No entanto, todas as outras espécies do complexo T. brasiliensis são capazes de produzir híbridos, sendo barreiras pós-zigóticas responsáveis pela quebra do híbrido. Com base nisso, o presente trabalho teve como objetivo realizar cruzamentos experimentais entre T. petrocchiae e algumas espécies do complexo T. brasiliensis (T. b. brasiliensis e T. lenti) para avaliar/reavaliar as barreiras reprodutivas interespecíficas instaladas entre essa espécie e as espécies/subespécies do complexo T. brasiliensis. Híbridos não foram produzidos em nenhuma das direções dos cruzamentos, evidenciando a presença de isolamento pré-zigótico entre T. petrocchiae e as outras espécies do complexo T. brasiliensis. Dessa forma, confirmamos o status específico de T. petrocchiae, demonstramos a presença de isolamento reprodutivo em relação à T. b. brasiliensis e T. lenti, e sugerimos que T. petrocchiae é a espécie mais derivada do complexo T. brasiliensis.