Especiação x Especiação críptica: o caso de Triatoma sordida (Stål, 1859) (Hemiptera, Triatominae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Garcia, Ariane Cristina Caris
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202741
Resumo: Triatoma sordida é uma espécie endêmica da América do Sul, distribuída no Brasil, na Argentina, na Bolívia, no Paraguai e no Uruguai. Diversos estudos (cromossômicos, meióticos, isoenzimáticos e moleculares) sinalizaram polimorfismo e sugeriram que tenha ocorrido o fenômeno de especiação críptica em T. sordida, destacando que existem, pelo menos, duas possíveis espécies diferentes associadas à T. sordida sensu stricto, a saber, T. sordida Argentina (descrito recentemente como T. rosai) e T. sordida La Paz. Levando em consideração que o conceito de especiação críptica está pautado em espécies morfologicamente indistinguíveis que foram classificadas dentro de apenas um táxon nominal e, principalmente, que existem vários erros associados com a caracterização de espécies crípticas, a avaliação subjetiva das similaridades morfológicas e a falta de utilização de abordagens combinadas pode resultam na caracterização errônea desses táxons. Embora os estudos assumam que o processo de especiação que suporta a diferenciação de espécies dentro de T. sordida seja resultado da especiação críptica, estudos morfológicos são necessários para comprovar esse evento evolutivo, pois a única comparação morfológica entre T. sordida do Brasil, da Bolívia e da Argentina (T. rosai) foi realizada a partir da morfometria geométrica da asa. Diante disso, a presente dissertação teve como objetivo investigar a diversidade e descrever as características fenotípicas de T. sordida proveniente da Bolívia, Brasil, Paraguai e T. rosai (populações anteriormente consideradas como T. sordida da Argentina). Análises morfológicas e morfométricas foram realizadas e diferenças morfológicas no tórax e na genitália externa feminina, bem como diferenças morfométricas nas estruturas do tórax, abdômen, pronoto, escutelo e da cabeça foram observadas entre as populações alopátricas de T. sordida e T. rosai. Com base no exposto, fica evidente que o processo evolutivo que sustenta, até o momento, as divergências observadas para T. sordida não se fundamenta em especiação críptica.