As místicas do MST: aspectos formais, políticos e organizativos da construção estética do território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Luciano Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183115
Resumo: Este trabalho investiga as místicas do MST a partir de suas manifestações concretas, depoimentos de militantes e análise da produção teórica formulada a respeito do tema. Partindo do entendimento do próprio MST em seus documentos e publicações sobre o que é mística, percorremos a investigação desde as raízes semânticas e históricas até os desdobramentos atuais. Procuramos construir um panorama da produção estético-formal com base na seleção de místicas exemplares, buscando identificar se elementos simbólicos, formais e estéticos estão dispostos na perspectiva da classe trabalhadora contra a hegemonia do capital. Nesse sentido, verificamos que as místicas executadas pelos trabalhadores rurais sem-terra apresentam elementos estéticos formais capazes de se opor à produção da indústria cultural, de modo a compor o território sem-terra. Da contraposição estética à hegemonia, a mística sem-terra, portanto, estabelece aproximações de procedimentos formais com o teatro épico brechtiano. Analisamos o conteúdo das encenações observando se categorias geográficas como território, região, espaço e paisagem estão presentes nas sessões de místicas do MST, reforçando a territorialidade sem-terra.Sendo assim, esta dissertação pretende verificar a contribuição da mística para a consolidação do MST como projeto contra-hegemônico em sua luta para se territorializar diante do capitalismo agrário brasileiro, em específico, e o capitalismo enquanto expressão geral de sociabilidade.