Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Prieto, Ana Milena Horta |
Orientador(a): |
Silva, Sergio Baptista da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213411
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Resumo: |
Nesta tese de doutorado exploro a territorialidade do povo indígena Iku do norte da Colômbia, a partir do morro Inarwa. Para os Iku, Inarwa é o pai do milho, as sementes e os alimentos. A investigação inicia no processo de acordo para a reparação e indenização dos danos causados pela ocupação do morro, pelo exército colombiano. Esse processo evidencia as conexões parciais construídas historicamente entre mundos distintos, que, no marco de políticas multiculturais e ambientais, atualizam a política colonial moderna, que por sua vez neutraliza o caráter político do universo indígena e não permite o reconhecimento de suas particularidades ontológicas. Começando por abordar Inarwa como um Anugwe Jina, um ser cuja vitalidade se deve ao que tem pensamento e conhecimento, mergulho nas relações de troca em que circulam conhecimentos e poderes vitais, construindo continuamente os corpos dos seres, os quais são compostos, interdependentes e que se atualizam em contextos históricos. O Inarwa incide na regulação da existência e nos ciclos de vida. A partir disso, abordo o gunseymake, primeira fase do ciclo vital, para me aprofundar na construção de corpos e pessoas, a partir de narrativas de mulheres iku e mamos. As relações de intercâmbio de potências entre os seres do cosmos formam o tecido em que emerge a vida, o território, que também é um corpo composto, múltiplo e que se atualiza nos acontecimentos históricos. Essa territorialidade é responsável por uma relacionalidade diferente que desafia as noções modernas de política. |