Impacto do estresse no bem-estar dos animais e na qualidade da carcaça e da carne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Borges, Tâmara Duarte [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134305
Resumo: No primeiro capítulo da tese é apresentada uma revisão bibliográfica sobre o assunto, trazendo à tona conceitos importantes sobre estresse e bem-estar animal juntamente com resultados práticos de pesquisas que servem como exemplos dos efeitos do manejo pré-abate de bovinos e do estresse térmico em suínos. O capítulo dois tem como objetivo principal apresentar os fatores de risco associados ao manejo pré-abate de bovinos que estariam relacionados à presença de hematomas e alto pH da carne. As avaliações foram realizadas em dois frigoríficos da região sudeste do Brasil, considerando 15 variáveis medidas durante o manejo pré-abate, utilizando-se 27 661 bovinos. Para transporte, o tipo de veículo, duração da viagem e condições das rodovias foram mensuradas. No desembarque, o tempo de espera para desembarcar os animais, o número de animais que chegaram deitados no caminhão, as batidas lateral e dorsal dos animais contra estruturas do caminhão, a frequência de quedas e o uso de bastão elétrico foram avaliados. Durante o manejo de condução dentro do frigorífico avaliou-se as frequências de quedas dos animais, batidas contra os portões de manejo, uso do bastão elétrico, animais feridos e pisoteados e tamanho do lote conduzido. A frequência e localização dos hematomas nas carcaças e os valores de pH também foram mensurados, juntamente com as categorias animais. Os resultados indicaram alta porcentagem de hematoma nas carcaças (64,14% no frigorífico 1 [F1] e 72,16% no frigorífico 2 [F2]). Também foi encontrada alta porcentagem de pH24 acima de 5,8 (17,67% (F1); 20,30% (F2)). A categoria animal vaca obteve maiores médias de hematomas. Animais transportados por caminhões dois andares, por longas distâncias (mais de 5 horas de viagem) e em condições ruins de estrada obtiveram maiores médias de hematomas também. Durante o desembarque e manejo dos animais dentro do frigorífico, quedas demostraram um efeito claro em hematomas e a utilização de bastão elétrico, juntamente com o tamanho do grupo de manejo causaram efeito negativo no pH da carne. O capítulo três teve por objetivo estudar o efeito do estresse por calor em suínos na fase de crescimento e terminação, avaliando o desempenho, sujidade e qualidade da carcaça e carne, testando dois tipos de competição por alimento (um ou dois comedouros para quatro animais) e dois tipos diferentes de piso (30% slat ou 100% slat). Os principais resultados encontrados foram que animais em situações de estresse por calor ou alojados em pisos 100% slat tiveram menor ganho de peso na fase final de terminação. Animais em baias com comedouro simples tiveram maiores ganhos de peso nas fases de crescimento e terminação. Quanto à sujidade, animais alojados em pisos 30% slat e em situações de estresse por calor foram os mais sujos. A porcentagem de magro foi maior em animais sobre condições térmicas de controle em comparação aos sob estresse térmico. Escatol e indol foram mais altos em carnes de animais previamente alojados em situações de estresse e o indol também foi mais alto em animais alojados em pisos 30% slat.