Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Cintia Westphal |
Orientador(a): |
Cardoso, Susana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234777
|
Resumo: |
As questões de bem-estar animal vêm assumindo um papel cada vez mais relevante na produção de alimentos de origem animal, incentivando as instituições, entidades e organizações ligadas a produção e proteção dos animais a desenvolverem protocolos de avaliação de bem-estar direcionados às etapas de criação, transporte e abate. Assim este estudo teve por objetivo desenvolver um protocolo de auditoria para avaliar o bem-estar de suínos abatidos sob inspeção estadual no Rio Grande do Sul, tendo como base principal a avaliação de medidas baseadas nos animais de acordo com as Recomendações e Diretrizes de Manejo Animal do American Meat Institute Foundation (AMIF, 2013). Para a avaliação das medidas baseadas no manejo e no ambiente foi elaborado um check-list baseado nas exigências da Instrução Normativa 03/2000 e da Portaria 711/1995 e nas recomendações do Manual de Abate Humanitário de Suínos desenvolvido pela World Animal Protection (WAP). O protocolo de auditoria foi aplicado em três abatedouros frigoríficos de suínos sob inspeção estadual no RS, com diferentes capacidades e velocidade de abate. Foram avaliadas medidas baseadas nos animais (quedas, vocalização, insensibilidade), no manejo e no ambiente (instalações e equipamentos). Para a realização das auditorias foram capacitados seis Fiscais Agropecuários Estaduais (FEAs) para a formação das três duplas de auditores com perfil pré estabelecido, totalizando nove avaliações. Todos os auditores receberam treinamento teórico com o detalhamento de todos os itens do protocolo de auditoria proposto. Os resultados das auditorias foram analisados através da análise descritiva. Quanto ao percentual de quedas durante o desembarque, o abatedouro B apresentou os resultados mais elevados (D1-84%; D2-80%; D3-32%). Durante a condução dos suínos até o box de insensibilização os abatedouros A e B não apresentaram quedas, permanecendo dentro do limite máximo de 4%. Na avaliação da vocalização, o abatedouro A permaneceu dentro do limite de 5% nas três avaliações (D1-0%; D2-0%; D3-5%). Quanto á insensibilidade o abatedouro A permaneceu dentro do limite aceitável de 100% em uma das avaliações, e apresentou 90% de suínos insensíveis na calha de sangria nas outras duas avaliações. Foi possível observar a presença de suínos com sinais de consciência em todas as avaliações dos abatedouros B e C. Quanto ao posicionamento correto dos eletrodos, o abatedouro A apresentou resultados dentro dos limites em duas avaliações (D1-100%; D2-100%; D3-90%), enquanto os abatedouros B e C apresentaram falhas graves neste critério (D1-80%; D2-36%; D3-28% e D1-68%; D2-8%; D3-94%, respectivamente). Foi possível observar a ocorrência de atos de abuso intencional (arrastar animais pelas orelhas e/ou rabo) em todos os abatedouros, enquanto o acesso à água foi reprovado somente no abatedouro B. De acordo com os resultados obtidos, foi possível observar que os três abatedouros apresentaram problemas relacionados ao cumprimento de normas e recomendações de bem-estar animal. Considerando os limites de tolerância estabelecidos pelo protocolo de auditoria, nenhum dos abatedouros frigoríficos apresentou resultado suficiente para ser aprovado ao final das avaliações. |