Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Godinho, Maria Inês Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235200
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Resumo: |
A universidade tem se mostrado um local de violências relacionadas ao gênero e suas interseccionalidades, que atinge alunas, alunos e alunes, alvos constantes de abusos sexuais, morais e psicológicos por parte de colegas, professores e funcionários. Para dar visibilidade a essa situação, pois as próprias instituições de ensino não as/es/os escuta, estudantes estão se mobilizando a partir de coletivos em redes sociais digitais, onde compartilham textos e imagens cujo intuito é discutir suas vivências e lutar pela construção de espaços acadêmicos livres de violências. Nesta pesquisa, o objetivo é analisar as representações visuais - ilustrações e fotografias - produzidas por coletivos feministas e LGBTQIA+ e suas interseccionalidades, criadas por estudantes das três universidades públicas do estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP) no Facebook e no Instagram, a fim de distinguir se essas imagens têm a intenção de “decolonizar o olhar”, isto é, se desconstroem as lógicas hierárquicas de percepção de corpos, gêneros e sexualidades concretizadas pela colonialidade, ou, se, inconscientemente, estão reforçando essas representações. Ao compreender a imagem como forma de conhecimento e valores socialmente elaborados e partilhados entre membros de um grupo, aqui também se deseja apreender, a partir dessas narrativas visuais, como se explicitam as subjetividades das/es/os estudantes, bem como os sentidos produzidos frente às práticas de violência de gênero. O estudo parte da proposta de decolonização do olhar, descrita pelos autores latino-americanos Barriendos (2019), Léon (2012) e Schenkler (2019; 2017; 2016; 2012), que vai ao encontro das teorias decoloniais e das investigações sobre interseccionalidade. Além disso, a pesquisa traz reflexões sobre as representações sociais a partir de Moscovici (2003; 2001), Jodelet (2015; 2009; 2001) e Hall (2016; 2008) e sobre a potencialidade discursiva da imagem, baseada em Joly (2019, 2012), Burke (2017) e Aumont (2012). A observação das especificidades dos coletivos no ambiente digital como campo de enfrentamento às violências de gênero é fundamentada na pesquisa exploratória descritiva e nos estudos de De Abreu (2017; 2010), Gohn (2016; 2014, 2013) e Castells (2003;2008), entre outros. Como método de análise das imagens é empregada a semiótica visual greimasiana, segundo textos de Greimas (2014; 1984; 1979) Pietroforte (2020; 2020ª) e Aumont (2012), que partem do pressuposto de que imagens visam estabelecer uma relação com o mundo, e devem ser analisadas em seus aspectos plásticos, icônicos e linguísticos. |