A Educação étnico-racial na agenda do debate contemporâneo: a superação do fracasso escolar em pauta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Borges, Stefani Edvirgem da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251182
http://lattes.cnpq.br/4307475637265005
https://orcid.org/0000-0001-7156-213X
Resumo: Pautado numa compreensão de que apenas a cultura do colonizador é legítima, as diretrizes curriculares nacionais e demandas referentes à educação étnico-racial tornam-se objetos desta pesquisa, tendo em vista os estudos relacionados ao multiculturalismo e a heterogeneidade escolar. Mesmo diante de uma sociedade que já consegue reconhecer, em grande parte, a importância dos estudos multiculturais, o olhar das diretrizes curriculares para esta questão ainda é incipiente, considerando as marcas e estereotipias imputadas, especificamente, à população negra. Por meio da análise de dados bibliográficos e estatísticos coletados em diferentes fontes, tais como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e pesquisas referentes à implementação da lei 10639/03, este estudo tem como proposta elucidar de que forma os aspectos das identidades étnicas impactam no fracasso escolar. A dinâmica antagônica das representações sociais, que reiteradamente subalternizam corpos e saberes, suscitou que as escolas se tornassem lugar de reprodução de discursos nos quais a população negra é associada ao fracasso e ao desprestígio social. A aplicabilidade de políticas públicas concernentes à educação étnico-racial é possível e promove resultados significativos entre os educandos negros, no entanto, grande parte das escolas brasileiras não se sentem convencidas da relevância da temática em questão, porque a cor ainda não aparece como dado determinante entre os indicadores nacionais relativos à Educação e a lei 10639/2003 permanece como uma espécie de currículo turístico nos planejamentos escolares. A inquietação defendida por este estudo fundamentar-se-á na ideia de que somente a perspectiva de uma educação pluriétnica pode afetar o contexto de crianças negras relegadas ao fracasso.