Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Maria Cecília Bayer [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193617
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Resumo: |
Introdução: Diversas terapias vocais têm apresentado resultados benéficos para a qualidade vocal de idosos, dentre elas a terapia intensiva com progressão de intensidade e de frequência de voz e de duração do tempo de fonação. Um dos fatores que promovem melhora nas características biomecânicas das pregas vocais é a hidratação, a qual pode favorecer os benefícios da terapia vocal. A terapia vocal intensiva com progressão de intensidade e de frequência de voz e de duração do tempo de fonação associada à hidratação laríngea de superfície pode trazer melhores condições vocais em idosas. Objetivo: Analisar a efetividade da terapia vocal intensiva com progressão de intensidade e de frequência da voz e de duração do tempo de fonação associada e não associada à hidratação de superfície das pregas vocais em idosos. Métodos: Foram selecionadas 18 idosas com queixas vocais, divididas em: Grupo Experimental (GE), constituído de 9 participantes e média de idade de 69,22 anos; e Grupo Controle (GC), com 9 participantes e média de idade de 69,67 anos. Ambos receberam a Terapia vocal intensiva com progressão de intensidade e frequência da voz e de duração do tempo de fonação, em 12 sessões, ocorrendo em 3 semanas consecutivas. O GE foi submetido à nebulização com 3 ml de soro fisiológico (0,9%) no início das terapias. Para a verificação do efeito das terapias, foram realizadas: a análise acústica pelo MDVP (Multi Dimentional Voice Program, a análise do CPPS (Cepstral Peak Prominence-smoothed) pelo software Praat; a extração do Tempo Máximo de Fonação (TMF); a avaliação perceptivoauditiva, por meio de uma escala visual-analógica; e a autoavaliação, com o uso da Escala de Desconforto no Trato Vocal (EDTV), da Escala de Sintomas Vocais (ESV), do Protocolo de Qualidade de Vida em Voz (QVV) e da Escala de Sensação de Pigarro. Além disso, foi realizada a avaliação laríngea por meio de nasoendoscopia e videoestroboscopia. Os dados foram analisados comparando os momentos Pré-terapia (Pré) e Pós-terapia (Pós) nos grupos e, ainda, comparando os grupos GC e GE. Resultados: Em relação à comparação entre os momentos Pré e Pós de ambos os grupos, na análise acústica, houve aumento da frequência fundamental (fo) e diminuição do Jitter após a realização das propostas terapêuticas. Na avaliação perceptivoauditiva, houve redução do desvio dos parâmetros rugosidade e soprosidade na emissão sustentada de vogal e nos parâmetros grau geral, rugosidade, soprosidade, tensão e loudness na contagem de números. Na autoavaliação, a terapia vocal não provocou mudanças no QVV e no ESV. No EDTV, houve redução na frequência e na intensidade de garganta irritada e aumento dos valores da frequência de bolo na garganta no GC. Não houve mudança nos resultados do GE. Conclusão: As terapias estudadas apresentaram mudanças com relação ao momento de avaliação em parâmetros dos desfechos de análise acústica, avaliação perceptivoauditiva e EDTV; por outro lado, não foram observadas mudanças nos parâmetros de CPPs, TMF, QVV, ESV, Escala de Sensação de Pigarro e Avaliação visual laríngea. Após as terapias, a qualidade vocal dos idosos melhorou e a voz tornou-se mais aguda, tanto para os que receberam a terapia com a associação da hidratação como os que receberam apenas a terapia. Somente os idosos que não receberam a hidratação referiram aumento da intensidade da sensação de bolo na garganta, além de redução da frequência e intensidade da sensação de garganta irritada, pois a medida de base estava elevada e alcançou o mesmo valor que o GE. Não houve diferença na comparação entre os grupos. A hidratação laríngea de superfície não apresentou melhores resultados em relação à realização da mesma terapia vocal sem a hidratação, mas também não piorou. |