Influência da hidratação sistêmica na voz de coristas sem e com o aquecimento vocal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Xavier, Carla Marques de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-23042014-103409/
Resumo: Introdução: a água é componente vital para o desempenho das funções corporais e fundamental para a produção vocal. Sabe-se ainda que exercícios de aquecimento vocal preparam a voz para o canto. O propósito deste estudo foi investigar a influência da hidratação sistêmica na voz de coristas sem e com aquecimento vocal. Material e métodos: esta pesquisa teve a aprovação do CEP-FOB/USP, protocolo: 085/2011. Participaram 16 coristas, com média de idade de 49,38 anos, DP 14,74, sendo 12 do sexo feminino (75%) e quatro do sexo masculino (25%). Todos os coristas eram integrantes de coros há no mínimo um ano, saudáveis, sem queixas vocais e auditivas nos dias das avaliações e sem histórico de cirurgias laríngeas. Procedimentos: os participantes tiveram suas vozes avaliadas em dois dias não consecutivos, o primeiro na condição desidratado (D) e o segundo na condição hidratado (H). Em ambos os dias tiveram suas vozes gravadas antes (D1 e H1) e após a realização do aquecimento vocal (D2 e H2). Para a condição desidratado os coristas ficaram sem ingerir água durante as 12 horas que antecederam a primeira avaliação. Para a condição de hidratado houve a ingestão fracionada de três litros de água para os homens e dois litros para as mulheres no dia anterior ao dia da segunda avaliação. As condições hidratado e desidratado foram avaliadas por meio da coloração e gravidade específica da urina. Foi realizada a avaliação acústica dos parâmetros F0, jitter, shimmer e NHR, por meio do Multi Dimensional Voice Program (MDVP). A análise perceptivo-auditiva considerou o grau geral, a rugosidade, a soprosidade, a tensão, o pitch e o loudness da vogal /a/ sustentada por meio da escala visual analógica (EVA). As vozes foram analisadas pela fonoaudióloga que apresentou melhor análise intra-juiz (p=0,000 e r=0,77). Resultados: houve forte correlação entre os métodos da coloração e a gravidade específica da urina (r=0,807 e p<0,05). Na avaliação acústica houve redução da F0 e melhora do shimmer e na avaliação perceptivo-auditiva foi identificada melhora dos parâmetros da rugosidade, soprosidade, tensão e redução do pitch, nas vozes hidratadas sem aquecimento vocal. Nas vozes com aquecimento vocal a avaliação acústica revelou estabilidade da F0 e melhora do shimmer e na perceptivo-auditiva redução da rugosidade e do pitch. Conclusão: a hidratação sistêmica agiu positivamente na voz sem aquecimento vocal revelando na avaliação acústica redução da F0 e melhora do shimmer e na avaliação perceptivo-auditiva melhora dos parâmetros da rugosidade, soprosidade, tensão e redução do pitch. A hidratação sistêmica agiu positivamente na voz com aquecimento vocal revelando na avaliação acústica estabilidade da F0 e melhora do shimmer e na perceptivo-auditiva redução da rugosidade e do pitch.