Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Flávia Maria Leite Virgínio dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153484
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Resumo: |
Introdução: O parecoxibe, um pró-fármaco hidrolisado à valdecoxibe, é um antagonista da COX-2 com intensa atividade anti-inflamatória e analgésica. Embora muitos estudos tenham sido realizados indicando a eficácia dos antagonistas da COX em aliviar o processo da dor, quase nada foi estudado sobre a toxicidade desses fármacos no neuroeixo. Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos que diferentes doses de parecoxibe, administrado pela via subaracnoidea, em punção única, determinariam sobre a medula espinal e as meninges de coelhos. Metodologia: Após aprovação pela Comissão de Ética no Uso de Animais, 30 coelhos adultos jovens, da raça grupo genético de Botucatu, com pesos entre 2510 g e 3560 g, fornecidos pelo Biotério da Faculdade de Medicina de Botucatu, foram randomizados em três grupos: grupo S – solução salina a 0,9%, grupo P4 – parecoxibe (dose: 4 mg) e grupo P8 – parecoxibe (dose: 8 mg). Após a anestesia intravenosa com xilazina e cetamina os animais foram submetidos à punção subaracnoidea guiada por ultrassom, com agulha de Quincke 25G, no espaço entre primeira e a segunda vértebras sacrais e realizada a injeção de uma das soluções previamente sorteadas em volume de 0,4 mL (10 µL por centímetro de medula espinal medida entre a base do crânio e o espaço lombossacral). Após a recuperação da anestesia e por 21 dias, os animais foram avaliados quanto à sensibilidade e à motricidade. Em seguida, foram sacrificados por decapitação e retiradas as porções lombar e sacral da medula espinal e as raízes da cauda equina para exame histológico por microscopia óptica. Resultados: Dois animais foram excluídos do experimento por dificuldade na técnica de punção. No grupo S, nenhum coelho apresentou alterações clínicas ou histológicas no tecido nervoso, vasos sangüíneos ou meninges. No P4, cinco coelhos apresentaram alterações histológicas dos tecidos do neuroeixo, principalmente infiltrado inflamatório perivascular nas meninges. No P8, seis animais apresentaram alterações histológicas, em dois coelhos deste grupo observou-se foco de necrose no tecido nervoso e áreas de aderências entre a pia-máter e aracnoide, com manifestação clínica de paralisia das patas posteriores e sensibilidade dolorosa diminuída na mesma região. Limitação: O espaço subaracnoideo do coelho tem diminuta quantidade de liquor, favorecendo a menor diluição do fármaco no mesmo e a maior concentração da solução em contato com o tecido nervoso e meninges, o que poderia exacerbar os efeitos deletérios da medicação. Conclusão: Neste modelo experimental de coelhos, diferentes doses de parecoxibe, em injeção única, administradas pela via subaracnoidea, determinaram alterações histológicas sobre a medula espinal e as meninges. |