A reação inflamatória nas meninges desencadeada pela punção subaracnoidea através da pele tatuada pode evoluir para aracnoidite adesiva?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Ronaldo Antonio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181803
Resumo: Justificativa e objetivo: Cada vez mais o anestesiologista se depara com a necessidade de decidir por realizar ou não bloqueio de neuroeixo através da pele tatuada, já que o número de pessoas com tatuagem tem aumentado. Neste estudo foi avaliado se a punção subaracnoidea sobre área tatuada provoca alterações inflamatórias agudas nas meninges e medula espinal e se pode evoluir para aracnoidite adesiva. Material e Método: 42 coelhos machos foram divididos, aleatoriamente, em 3 grupos de 14 animais: G1, punção subaracnoidea através de pele não tatuada e injeção de solução salina, cativeiro 30 dias; G2, punção subaracnoidea através de pele tatuada e injeção de solução salina, cativeiro 30 dias; G3, punção subaracnoidea através de pele tatuada e injeção de solução salina, cativeiro 360 dias. Os animais foram anestesiados com cloridrato de xilazina e cloridrato de cetamina e realizou se punção subaracnoidea, guiada por ultrassom, no espaço intervertebral entre S1 – S2, com injeção de solução salina 0,2mL. Após período de cativeiro os animais foram sacrificados, sob anestesia, por decapitação e a porção lombossacra da medula espinal foi removida para análise histológica. Resultados: Nenhuma alteração histológica foi encontrada nos animais do grupo 1. Onze animais do grupo 2 apresentaram focos de infiltrado inflamatório linfocitário perivascular na pia-máter e/ou aracnoide. No grupo 3, oito coelhos apesentaram infiltrado inflamatório linfocitário ou linfoplasmocitário perivascular e também nas meninges, associado ou não ao espessamento e à adesão da pia-máter e aracnoide em alguns casos e cinco coelhos apresentaram, apenas, espessamento da pia-máter. Conclusão: A punção subaracnoidea, através da pele tatuada de coelhos, desencadeia alterações inflamatórias agudas nas meninges e evolui para aracnoidite adesiva.