Influência da insônia na associação entre disfunção temporomandibular dolorosa e sensibilização central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mercante, Fernanda Gruninger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181397
Resumo: Introdução: Estudos recentes demonstram a existência de sensibilização central (SC) associada com a disfunção temporomandibular (DTM) dolorosa. A presença de SC inclui hipofunção do sistema inibitório descendente da dor, afetando a modulação dos fenômenos nociceptivos. Há indícios de associação entre insônia e SC em pacientes com dores crônicas. Entretanto, a literatura não dispõe de estudos investigando esta associação em pacientes com DTM dolorosa. Objetivos: Estimar a associação entre SC, DTM dolorosa e insônia, e avaliar a qualidade, duração total, latência e eficiência de sono em indivíduos com e sem SC. Metodologia: O presente estudo clínico transversal, foi conduzido em uma amostra composta por 104 indivíduos adultos (20 a 65 anos de idade), distribuídos em dois grupos: 1) DTM; 2) DTM e insônia. A DTM foi classificada pelo Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders. O diagnóstico da insônia foi realizado de acordo com os critérios da 3ª Classificação Internacional de Distúrbios de Sono e quantificado por meio do questionário do Índice de Gravidade de Insônia. A presença de SC foi avaliada por meio dos testes quantitativos sensoriais (limiar de dor à pressão e somação temporal) e o teste de Modulação Condicionada da Dor (CPM). Os parâmetros dos testes quantitativos sensoriais foram transformados em valores de z-score. O teste ANCOVA a 2 fatores foi utilizado para testar a diferença entre os grupos. Para testar o efeito do CPM, utilizamos o teste ANCOVA a 2 fatores para medidas repetidas. Foi considerado o nível de significância de 5%. Resultados: Não foram encontradas associações entre os grupos para a somação temporal na área trigeminal (F=0,242; p=0,624) e na área extratrigeminal (F=0,006; p=0,939), assim como não foram encontradas associações entre os grupos para o teste de limiar de dor à pressão na área trigeminal (F=0,023; p=0,880) e na área extratrigeminal (F=0,127; p=0,722). Não foram encontradas diferenças estatísticas para o teste CPM na área trigeminal (F=0,019; p=0,890) e na área extratrigeminal (F=0,809; p=0,371). Além disso, não foram encontradas diferenças estatísticas para duração total (F=0,130, p=0,643; F=1,590, p=0,211), latência (F=0,521, p=0,473; F=0,013, p=0,910), eficiência (F=0,687, p=0,410; F-1,075; p=0,310) e qualidade do sono (p=0,864; p=0,695) para área trigeminal e extratrigeminal, respectivamente. Conclusão: A insônia não influenciou a magnitude de associação entre DTM e SC. Complementarmente, a SC não influenciou os parâmetros do sono.