Avaliação do impacto da presença de cefaleias primárias e do tempo de experiência de dor na efetividade do tratamento da disfunção temporomandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Leite, Eduardo de Meira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-12062012-105451/
Resumo: A migrânea e a cefaléia tensional são cefaléias primárias que surgem de estruturas não-mastigatórias, porém, a presença de sintomas de DTM, como a dor, pode influenciar de modo excitatório tais condições e vice-versa, influenciando no resultado final do tratamento. Esta pesquisa tem o objetivo principal de avaliar o impacto da presença de cefaléias primárias no tratamento das Disfunções Temporomandibulares (DTMs), e testa a hipótese nula de que a presença de cefaléias primárias não interfere com o resultado do tratamento. Como objetivos secundários, de avaliar se existe diferença na presença de dor miofascial nos músculos mastigatórios e cervicais, se existe diferença entre a variação da dor medida pela Escala Analógica Visual (EAV) em relação ao gênero, estresse e hábitos parafuncionais, e se essa diferença também se apresenta entra as variáveis oclusão, tempo de dor, número de queixas e número de tratamentos indicados. Para isso foram selecionados 546 prontuários clínicos de pacientes, sendo 313 com DTM e 233 com DTM e cefaléias, e analisados segundo a EAV ao início e fim do tratamento para DTM, bem como a variação entre a dor inicial e final entre os grupos. Testes de Mann-Whitney, Correlação de Spearman e Qui-quadrado analisaram os dados, com 5% de significância. A presença de cefaléias primárias interferiu negativamente no índice de sucesso do tratamento da DTM (p<0,05) (redução de 38,70 e de 24,66 na EAV para os grupos de DTM e DTM associada a cefaleia, respectivamente). A presença de dor miofascial nas musculaturas mastigatória e cervical foi semelhante entre os grupos. A variação entre a dor inicial e final não foi afetada pela diferença entre os gêneros, assim como pelo auto-relato da presença de hábitos parafuncionais e de estresse. Da mesma forma, a presença de má-oclusão, o tempo de experiência de dor, o número de queixas relatadas e o número de tratamentos indicados pelo profissional não influenciaram os resultados finais. Conclui-se que presença de cefaléias primárias parece interferir negativamente na melhora do quadro sintomático de pacientes tratados para DTM.