Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Buttros, Daniel de Araújo Brito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154253
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar os fatores de risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama comparadas a mulheres na pós-menopausa sem câncer de mama e a associação das heat shock proteins (HSP) 60 e 70 com o câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal com 96 mulheres tratadas de câncer de mama comparadas a 192 mulheres na pós-menopausa (controle), com idades entre 45 e 75 anos. Foram incluídas no grupo principal mulheres com amenorréia > 12 meses e idade ≥ 45 anos, com diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. O grupo controle foi constituído por mulheres com amenorréia > 12 meses, idade ≥ 45 anos, sem câncer de mama e DCV. Os grupos foram pareados por idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea (IMC) na proporção 1 caso para 2 controles, conforme cálculo amostral, com o mínimo de 92 pacientes tratadas de câncer de mama. Dados clínicos e antropométricos (IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados colesterol total, HLD, LDL, triglicerídeos, glicose e insulina. Foram consideradas com síndrome metabólica (SM), as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG ³ 150 mg/dL; HDL colesterol < 50 mg/dL; pressão arterial ³ 130/85 mmHg; glicose ³ 100 mg/dL. Para determinação das concentrações plasmáticas de HSP 60 e 70 foram empregados imunoensaios pela técnica de ELISA. A doença aterosclerótica foi determinada pela espessura do complexo médio-intimal (CMI > 1mm) das artérias carótidas e/ou pela presença de placa ateromatosa, avaliadas pela ultrassonografia carotídea (scanner 14 duplex). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, Distribuição Gama (variáveis assimétricas), Teste do Qui-Quadrado e Regressão Logística (odds ratio-OR). Resultados: A média de idade das pacientes tratadas de câncer de mama foi de 59,8 ± 9,0 anos com tempo médio de seguimento de 4,2 ± 2,0 anos. Na comparação entre os grupos, mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram valores médios elevados da pressão sistólica e diastólica (p<0.001) e valores médios de triglicerídeos e glicose, acima dos valores desejáveis (p<0.05). As pacientes do grupo principal apresentaram valores mais altos de HSP 60 e mais baixos de HSP 70 quando comparados ao controle (p<0.05). Foi observada maior ocorrência de diabetes, SM e placa ateromatosa entre as mulheres tratadas de câncer mama quando comparadas ao controle (19,8% vs 6,8%; 54,2% vs 30,7%; 19.8% vs 9.4%, respectivamente) (p<0.05). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e IMC, as mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram risco significativamente aumentado para SM (OR=4.21; IC 95% 2.28-7.76), presença de placa ateromatosa (OR=2.61; IC 95% 1.19-5.72), diabetes (OR=4.42; IC 95% 1.86-10.49), hipertrigliceridemia (OR=2.32; IC 95% 1.33-4.0) e circunferência de cintura aumentada (OR=11.22; IC 95% 4.0 – 31.65), quando comparadas as mulheres sem câncer de mama. Conclusão: Mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram maior risco para síndrome metabólica, diabetes, doença aterosclerótica, hipertrigliceridemia e obesidade abdominal, importantes fatores de risco para doença cardiovascular, quando comparadas as mulheres na pós-menopausa sem câncer de mama. Assim como, mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram valores elevados de HSP 60 e diminuídos de HSP 70 quando comparadas às mulheres sem câncer. |