Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rivera, Gabriela Gomes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150868
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Resumo: |
O uso da crioterapia digital tem sido utilizado como tratamento adjuvante nos casos de laminite equina. No entanto, os mecanismos e a real eficácia desse tratamento ainda precisam ser avaliados, pois mesmo na medicina humana ainda há falta de consenso quanto a sua eficácia. Com base nisso, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da crioterapia sobre a perfusão digital dos equinos. Para tal, foram utilizados oito equinos hígidos sem histórico de afecções podais. Realizou-se uma avaliação dos efeitos locais e sistêmicos da crioterapia sobre a vascularização da artéria digital por Doppler espectral e registro da pressão arterial digital do membro torácico esquerdo (tratado) e do membro torácico direito (não tratado). As avaliações foram realizadas previamente (basal) em ambos os membros, e posteriormente à imersão do membro torácico esquerdo em solução refrigerada (4ºC) por 60 minutos ininterruptos, com intervalos de 10 minutos entre as avaliações. A análise multivariada mostrou que 37,2% da variação total dos parâmetros arteriais é explicada devido à associação entre o diâmetro, a área, o fluxo sistólico e médio (processo 1), 26% da variação total é explicada pela associação de pressão sistólica, diastólica e média (processo 2), 21% é atribuída à velocidade sistólica e média (processo 3) e 12%, à velocidade diastólica (processo 4). Os resultados não obtiveram diferença significativa no fator tratamento (p > 0,1) para todos os processos. Também não houve diferença significativa no fator temporal (p > 0,1), exceto o processo 3 e 4. Sendo que o processo 3 teve diferença significativa no fator interação (p < 0,1), o que não foi obtido no processo 4. O processo 3 (p < 0,05) apresentou um comportamento de efeito de 3°grau, o que aliás não foi visto nenhuma equação que elucidasse o membro não tratado. No caso de significância na análise de variância modelo misto (p ≤ 0,1) foi realizado o desdobramento dos processos avaliados. Para o desdobramento objetivando comparações múltiplas foi utilizado o teste Fisher (p ≤ 0,1) e obteve-se diferença significativa no membro tratado entre o T20 – T30, T20 – T40, T30 – T60 e T40 – T60 no processo 3 e no processo 4 no T60 em relação T0 – T40. Para as comparações entre os tratamentos utilizou-se o teste-T não paramétrico (p ≤ 0,05) e obteve-se diferença significativa no T50 entre os membros. Houve também diferença significativa em relação à correlação negativa no coeficiente de Pearson (p ≤ 0,1) entre os processo 1 e 3 em relação ao membro tratado, que obteve um coeficiente fraco (-0,32) e especificamente no T10, que apresentou um coeficiente moderado (- 0,63). Os resultados sugerem possível ação local da água resfriada, visto que apenas o membro tratado, no processo 3, apresentou variações ao longo do tempo. Além do mais, devido à alta variabilidade dos processos, é possível inferir que, embora não tenha havido diferença entre os processos (p > 0,05), principalmente entre 1 e 2, houve significância fisiológica do tratamento. As variações das médias observadas para o membro tratado indicaram ativação do sistema simpático. Esta, por sua vez, foi a responsável pela redução das variáveis do processo 1 e elevação das pressões do processo 2, para o membro tratado. As alterações observadas no membro tratado, principalmente em T10, identificado pelo coeficiente de correlação de Pearson, sugerem ativação de mecanismos de controle neuronais locais para manter o fluxo vascular local. Sugere-se que a ação local da água resfriada sobre microcirculação digital pode interferir na hemodinâmica local das artérias digitais palmares. |