A ilusão digital: discurso tecnofílico e ataque às humanidades na educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mattosinho, Lucas Sá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239743
Resumo: A nova reorganização produtiva exige dos trabalhadores dos mais diferentes setores maiores autonomia, criatividade e flexibilidade. Todas essas competências individuais derivam diretamente da apropriação de conhecimentos. Todavia, a ampliação dos saberes por parte dos indivíduos oportuniza a ampliação de sua massa crítica e do desenvolvimento de uma consciência de classe para-si, o que a forma de organização social capitalista não pode tolerar. A educação formal contemporânea encontra-se, pois, diante deste dilema: ao mesmo tempo que necessita instrumentalizar os indivíduos para o trabalho nesse atual nível técnico, não pode socializar todo e qualquer conhecimento sistematicamente elaborado. A contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais de produção encontra nos currículos contemporâneos a sua mediação no âmbito da educação. Nossa hipótese é que, diante de tal quadro, os currículos das escolas públicas serão marcados, em escala crescente, pela redução das humanidades no escopo de sustar a capacidade crítica e reprimir a sensibilidade. Em seu lugar, uma proposta de viés tecnicista em que a tecnologia se torna o elemento ideológico legitimador desse processo.