Os desafios de Prometeu em uma era fáustica: as ideologias do pós-humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Renato Antunes dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88779
Resumo: Neste trabalho buscamos analisar criticamente o fenômeno do pós-humano que se configura basicamente como uma ideologia contemporânea pela qual se assenta uma perspectiva pragmatista de homem, isto é, de homem apartado de sua humanidade e de seu devir na história. Interpretado como resultante dos recentes desenvolvimentos técnicos e científicos, o pós-humano seria assim uma projeção fáustica do homem para além da sua naturalidade biológica. No entanto, a partir de uma apreensão ontológica do homem como ser social, entendemos ser o pós-humano um equívoco conceitual à medida que faz do homem um ser sem qualidades essencialmente humanas, um ser sem consciência universal. Prova disso encontramos na concepção de homem forjada pelo físico norte-americano Norbert Wiener no bojo da cibernética, ou seja, um homem cuja identidade não consiste nesse material limitado e perecível que é o corpo, mas num padrão biológico informacional que pode ser transmitido ou modificado, pelo menos “teoricamente”. Em vista disso, notamos que o ideário do póshumano é tributário dessa particular concepção de homem cibernético.