A clínica no espaço público: vivência de atores envolvidos no processo de acompanhamento terapêutico (AT)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Macedo, Simone Pantaleão. - [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97493
Resumo: A literatura em Acompanhamento Terapêutico (AT) demonstra crescente número de estudos sobre as diversas variáveis que caracterizam esta modalidade clínica, revelando pouca exploração da natureza da participação dos acompanhados e dos familiares neste processo. O objetivo desta trabalho foi descrever e analisar cinco casos atendidos na modalidade do AT, identificando vivências, funções desempenhadas pelos acompanhantes terapêuticos (ats) e resultados do processo por meio do discurso desses sujeitos. Em cada caso, foram realizadas entrevistas gravadas e posteriormente transcritas com os participantes de cada processo de AT: ats, acompanhados e familiares. As entrevistas foram analisadas e os dados foram categorizados, de acordo com a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados foram organizados segundo as categorias obtidas, analisando-se e comparando-se as vivências dos atores envolvidos no processo de AT no processo de AT, com base nos pressupostos da teoria psicanalítica. As vivências dos pacientes apontam para o AT como um dispositivo terapêutico integrador e antisegregador, por se consolidar em um lugar de ancoragem para as mais diversas angústias, além de instrumento de valorização da subjetividade e reconstrução social. As ats trazem com vivência a preocupação quanto à constituição deste local de ancoragem, capaz de ser continente para o que nele necessita se contido, e referenciam o espaço da supervisão e a troca grupal com ponto de ancoragem para suas próprias angústias durante o processo. A figura materna é prevalente como participante familiar nos processos de AT estudados. Os dados das vivências maternas revelaram que, se por um lado, a figura do at representou acolhimento, companheirismo e proteção, por outro lado, ele aparece como eliciadora de invasão e desconfiança. Conclui-se que o processo de AT, além de auxiliar...