Acompanhamento terapêutico como dispositivo psicanalítico de tratamento das psicoses na saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bazhuni, Natasha Frias Nahim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30072010-111155/
Resumo: Essa pesquisa interroga a respeito do exercício da prática clínica quando seus fundamentos, conceitos e teorias próprios não estão referidos aos espaços tradicionais de tratamento, como é o caso da prática do Acompanhamento Terapêutico. Trata-se de um levantamento bibliográfico das articulações teórico-práticas realizadas pelos pesquisadores brasileiros que escreveram sobre o tema do AT e posteriormente um recorte específico dos trabalhos que se situam no campo da psicanálise, tendo a finalidade de reunir a produção teórica desta prática e analisá-la. A pesquisa se propõe a oferecer um panorama do campo mostrando como e em que momento histórico o AT surgiu, quais as elaborações teóricas embasaram seu fazer e como a psicanálise contribui para este trabalho. Como conseqüência a disponibilização do conjunto de material produzido neste campo pode contribuir na elaboração de uma posição ou um lugar teórico sobre o AT. O AT surgiu no campo da saúde mental no momento histórico conhecido como Reforma Psiquiátrica, visto que se caracteriza pela aproximação à loucura e por seus novos modos de tratamento. Por ter surgido neste espaço as teorizações no campo se enquadram, em sua maioria, nos enfoques da reabilitação psicossocial e da psicanálise. De acordo com o material bibliográfico pesquisado é possível afirmar que O AT seria definido por uma prática e não por uma abordagem teórica, já que a rigor, não há uma teorização acerca do AT, pois seus autores importaram conceitos de diferentes correntes com bases epistemológicas distintas. O AT pode ser sustentado teoricamente a partir dos preceitos que orientam a clínica psicanalítica com as psicoses, compreendido como uma oferta clínica que sustenta saídas e promove a circulação. É, assim, portanto que o AT propicia em ato uma aproximação e experimentação de laços sociais, ou seja, possibilidades de encontro com efeitos de real. Conclui-se que o AT não é uma prática psicanalítica, no entanto, ao ser desempenhado por um psicanalista, alguns lugares lhe são possíveis, podendo se prestar a ser suporte das identificações imaginárias, ser secretário do alienado até contribuir para a construção do sinthome, que se referem às posições que o AT pode se colocar na transferência