Direitos da criança: dizeres e sentires infantis e docentes sobre o que é ser criança no contexto educativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Seribelli, Vanessa Helena [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Kid
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181019
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia “Julio de Mesquita Filho” – Universidade Estadual Paulista - UNESP, campus de Presidente Prudente e está vinculada à linha de pesquisa Processos Formativos, Infância e Juventude. O estudo foi realizado em uma escola pública do município de Presidente Prudente – São Paulo em duas salas de Pré II, tendo como sujeitos da investigação, duas professoras de educação infantil e cinquenta e três crianças com idade de cinco anos. Contou com o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A partir de observações realizadas enquanto professora da escola investigada, me questionava se o contexto educativo considerava as crianças como seres em devir, receptores da cultura adulta e por isso indivíduos que só são considerados como cidadãos quando deixam de habitar a infância, adultos em miniatura, tábulas rasas que necessitam ser preenchidas com a cultura escolar, ou se as consideravam como sujeitos de direitos, ouvindo e fazendo valer suas vozes por meio de contextos de participação. Estas inquietações, constituíram-se em meu problema de pesquisa. Sendo assim me propus a realizar um estudo em que as crianças fossem os principais sujeitos, possibilitando meios para que elas pudessem manifestar suas concepções. O principal objetivo, foi analisar as concepções das crianças e professoras sobre o que é ser criança, na tentativa de compreender se os direitos infantis são garantidos ou negados no contexto educativo. Para isso, a metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa do tipo etnográfica. As técnicas elaboradas para a coleta de dados com as professoras foram, o questionário, a observação e a entrevista semiestruturada. Com as crianças, lancei mão da observação, produção de desenhos comentados, rodas de conversa e histórias para completar. A pesquisa teve respaldo teórico na Sociologia da Infância em diálogo com a abordagem de Reggio Emilia. Os resultados foram categorizados e apontaram a necessidade de se pensar em práticas educativas que respeitem as especificidades da infância, garantindo que as crianças sejam ouvidas, que possam participar das tomadas de decisões no contexto educativo, que desfrutem da ludicidade, autonomia e criatividade, e que, como sujeitos de direitos, tenham garantido, o direito a ser criança, para isso, é preciso que se pense na problemática da formação docente, haja vista que a maior parte dos dilemas encontrados no tocante à educação infantil, são resultados da má formação de professores que trabalham com crianças de 0 à 6 anos.