Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renata Cristina Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15072011-115933/
|
Resumo: |
Em que medida as vozes infantis são consideradas pelos educadores? Que marcas elas imprimem no cenário educativo? Balizada por essas inquietações, a construção da presente pesquisa objetivou compreender a articulação existente entre a voz infantil - concebida como as formas de manifestação do pensamento infantil, verbal e não verbal - e os contextos da educação da infância. Com esse propósito, o estudo problematizou as concepções de infância, criança e educação infantil, analisando os desafios e as possibilidades da consolidação de uma Pedagogia da Educação Infantil que considere a escuta das crianças, bem como o olhar infantil inédito e surpreendente sobre o mundo, como eixos fundantes da organização dos contextos educativos. O aporte teórico, que dialogou com os dados coletados da pesquisa de campo, foi constituído notadamente pelas produções e pesquisas oriundas ou inspiradas na abordagem Reggio Emilia, concernente à educação infantil, na teoria sócio-histórica de Vygotsky e nos pressupostos da Sociologia da Infância. Os encaminhamentos metodológicos desse estudo de caso, inspirado pelas orientações etnográficas, apontam para o desafio de construir um olhar pesquisador horizontal, mais próximo dos pequenos e não sobre eles, na busca de revelar as vozes infantis, desvelando sua polifonia, significado e importância. A construção metodológica do trabalho e sua efetivação no campo de pesquisa incluíram o registro em caderno de campo, fotos e vídeo-gravação. Os registros das professoras (Diário de Bordo) e os portfólios das crianças também constituíram fonte de análise, com o intuito de reconhecer como as vozes infantis impulsionam, interferem ou são consideradas como elemento constitutivo do fazer educativo. A pesquisa buscou, ainda, problematizar a discussão sobre o protagonismo compartilhado entre estes atores/autores de pouca idade e suas professoras, tendo como interlocutores um grupo de 24 crianças de 2 a 3 anos e 2 docentes, de um Centro de Educação Infantil da rede direta da cidade de São Paulo. A análise dos dados revelou, nesse percurso, como a escuta das vozes infantis favorece a construção de contextos educativos pautados na valorização e potencialização da autonomia infantil, na sensibilidade e acolhida das proposições das crianças, bem como no encorajamento de suas ações frente aos desafios, dando oportunidade para a construção de processo significativos de aprendizagens. |