Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Evangelista, Ariadne de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193484
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Resumo: |
A pesquisa “Eu gosto de brincar, isso me faz feliz”! Paisagens e vivências das crianças em Presidente Prudente (SP)” integra o Programa de Pós-Graduação de Doutorado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP. O estudo tem por objetivo compreender as vivências das crianças, na cidade de Presidente Prudente (SP), com base nos tempos e dos espaços mais utilizados e das interações estabelecidas, identificando as paisagens da infância na cidade, do ponto de vistas das crianças. Parte da premissa de que, na sociedade contemporânea, as crianças têm menos tempo e autonomia para brincar livremente e desenvolver sua cidadania. Desse modo, problematiza-se: como são as rotinas das crianças, na cidade? Quais os espaços da cidade que frequentam? Quais os locais de que mais gostam? De quais locais não gostam? Como se locomovem? Quais os seus desejos em relação à cidade? Brincam? Para tanto, o trabalho se fundamenta nos Estudos da Infância, Sociologia da Infância e Geografia da Infância. Conceituam-se as crianças como cidadãs ativas, com direitos de participação garantidos por lei. Acredita-se que a relação entre as crianças e a cidade pode ser restringida ou potencializada. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, numa abordagem qualitativa. O campo de investigação foi a cidade de Presidente Prudente (SP). Participaram como sujeitos vinte crianças de nove a onze anos de escolas públicas, sendo dez de uma escola próxima à área central da cidade e dez de uma escola localizada em área periférica, considerada de exclusão social. Os procedimentos de recolha de dados com as crianças foram: elaboração de lista sobre locais de que mais gostam e não gostam da cidade; preenchimento de quadro de utensílios para definição de classe socioeconômica; entrevista semiestruturada; quadro de rotinas (atividades realizadas por cada criança durante uma semana, tendo em vista as vinte e quatro horas do dia); poema dos desejos (desenhos que concebam a complementação das sentenças “A minha cidade é...” e “Eu gostaria de que a minha cidade fosse...”). Os resultados apontaram que as crianças vivenciam situações de restrição da cidadania: institucionalização e domesticação, insularização, dualização e fragmentação, restrição da autonomia e da mobilidade, conforme Sarmento (2018). A ludicidade e a interatividade são valorizadas pelas crianças e, independentemente do espaço de vivência, elas preferem a interação com os pares. As vivências das crianças são afetadas pela classe socioeconômica, a rotina dos responsáveis, bem como o conhecimento e a cultura dos mesmos. De acordo com os desenhos, as crianças indicam que a cidade era concebida como espaço de passagem, com elementos naturais e artificiais coexistindo na paisagem urbana. Os desejos das crianças para a cidade foram relacionados ao lazer, à segurança, a preocupações ambientais, à saúde, à educação e à ludicidade. As paisagens da infância, na cidade de Presidente Prudente (SP), contemplam instituições (escolas, projetos e igrejas), lugares íntimos (casa, casa da avó, bairro), locais de lazer públicos (praças, Parque do Povo, Cidade da Criança), locais de lazer privados (shoppings, Parque Aquático, buffet) e locais de consumo (sorveteria, centro, lojas). Defende-se a necessidade de que se criem políticas públicas que garantam a participação infantil no planejamento urbano. |