A clínica da urgência na unidade de pronto atendimento: da privatização da saúde a uma aposta no sujeito do inconsciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Maico Fernando [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148827
Resumo: Endereçamos a presente dissertação aos trabalhadores que atuam a partir das Políticas Públicas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com interesses na escuta ao sujeito do inconsciente. Temos o propósito de introduzir ao leitor, nos desígnios da Saúde Coletiva, um determinado modo de posicionar-se no Estabelecimento institucional hospitalar, mirando formalizar a Clínica da Urgência enquanto um dispositivo de tratamento neste contexto em específico da Atenção à Saúde. O intuito foi refletir sobre a minha práxis, a práxis de um psicólogo precavido pela psicanálise de Freud e Lacan na Atenção Hospitalar, nos momentos em que foi possível ocupar um lugar de trabalhador-intercessor, intercedendo tanto em relação aos sujeitos do sofrimento e do tratamento, quanto em relação aos trabalhadores deste Estabelecimento, no qual estivemos. Segundo Costa-Rosa, o trabalhador-intercessor é tributário do Dispositivo Intercessor, uma abordagem multirreferencial que tem como perspectiva a superação da divisão fundamental do trabalho, um savoir-faire, combinando ação-reflexão in acto. Para a exposição do trabalho, nos debruçamos em torno de quatro eixos: a definição de Unidade de Pronto Atendimento e a subversão de seus propósitos originais, quando na concessão de seus princípios ao Modo Capitalista de Produção; uma problematização das práticas e dos discursos de uma específica UPA inserida nas suas Redes, à luz do Materialismo Histórico marxiano; a fundamentação teórica acerca do dispositivo Clínica da Urgência na Atenção Hospitalar, bem como, da Clínica psicanalítica nos parâmetros da Urgência subjetiva; e por fim, discorremos sobre o que foi a práxis propriamente dita do psicólogo, trabalhador-intercessor, na Urgência e Emergência de uma UPA. Destacamos do texto, que se trata de pensarmos a especificidade de trabalhadorintercessor exigida por uma UPA, guiada fortemente pelos ideais do Modo Capitalista de Produção em seus efeitos devastadores, na Atenção que é dada aos sujeitos que fazem uso deste dispositivo Hospitalar.